Quando o governo é ruim,
tudo gera desconfiança. Lula e Haddad inventaram mais um problema para os
brasileiros com a mudança das regras das operações via PIX. Segundo o governo e
a Receita, o monitoramento não implicará em novos impostos, mas essa conversa
já é bem conhecida do cidadão. Tudo começa com um “nada vai mudar” e logo,
logo, estaremos pagando mais impostos a um Estado que arrecada cada vez mais e
entrega cada vez menos.
O Ministro da Fazenda não
foi apelidado de “Taxadd” à toa. Neste Lula III, já tivemos aumento das
alíquotas de PIS/COFINS, retomada da Cide sobre a gasolina e o etanol, criação
de imposto sobre importações de compras online, aumento do IPI sobre armas de
fogo e munições, tributação de rendimentos no exterior e fundos exclusivos e aprovação
de uma reforma tributária que nos “presenteia” com a maior alíquota do mundo em
Imposto sobre o Valor Agregado. Tudo isso, vale lembrar, acompanhado de um
crescente cerco dos órgãos de fiscalização sobre as movimentações financeiras
dos brasileiros.
O governo, como se sabe,
está perdido desde o primeiro dia. Nunca teve qualquer projeto para o país.
Restou-lhe, então, apelar aos sofridos ganhos dos cidadãos. Mesmo com o
desmesurado ataque ao bolso dos brasileiros, Lula e Haddad empilham déficits e
geram uma desconfiança generalizada na capacidade do Brasil em pagar suas
contas. Como nem tudo o que desejam ver aprovado é aceito pelo Congresso
Nacional, eles precisam contar com meios alternativos de ampliar a arrecadação.
Aí entra a dobradinha com o Fisco para monitorar em detalhe todas as operações
de PIX acima de 5 mil reais mensais para pessoa física e 15 mil reais mensais
para pessoa jurídica.
O governo logo correu para
dizer que “nada muda”. Ora, se nada muda, qual o motivo da implementação da nova
norma? Querem obrigar a população a acreditar que a Receita Federal, órgão
especializado em arrecadar impostos, vai monitorar as transações acima de 5 mil
reais sem qualquer intenção tributária.
É um desafio à inteligência de quem paga imposto. Um governo
mal-intencionado jamais toma uma medida de tal relevância sem pensar nos
reflexos.
A verdade é que, mesmo com
recordes de arrecadação, o governo petista enfrenta uma grave crise fiscal. O
déficit primário de 2024 foi estimado em 52 bilhões de reais. Isso com a
receita crescendo 9% acima da inflação — um nível muito superior ao da economia
e que não deve se repetir nos próximos anos. Precisando de dinheiro, a Fazenda
mira nos quase 40 milhões de trabalhadores informais – ambulantes, diaristas,
pedreiros, motoboys – que hoje não têm sua renda tributada por operar ao largo
dos canais oficiais da CLT e das microempresas.
Sob o jugo do PT, qualquer
sucesso, mesmo o mais modesto, precisa ser tributado.
Para eles, a medida é boa,
já que implicará mais dinheiro à disposição. Para o cidadão, mais dificuldade
para cumprir a interminável lista de regras tributárias do país. E mais
impostos.
Editorial do Partido Novo
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