Outro imposto: Ministro de Lula anuncia novo Imposto Sindical em fevereiro


Vladimir Chaves



O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o projeto de lei para instituir um novo imposto sindical deve ser apresentado no mês de fevereiro por um deputado da base do governo.

“Estamos próximos desse acordo. Um dos integrantes da comissão [grupo de trabalho informal que avalia o projeto] deve oferecer uma proposta, disse o ministro

O deputado Luiz Gastão (PSD-CE), que participa da comissão com sindicatos e confederações patronais, deve protocolar a proposta. A contribuição sindical obrigatória, também conhecida como imposto sindical foi extinta no governo do presidente Jair Bolsonaro.

O governo Lula, as centrais sindicais e as confederações patronais articulam a volta do imposto desde 2023, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou o recolhimento da taxa de todos os trabalhadores, inclusive os não sindicalizados, “desde que assegurado o direito de oposição”.

A cobrança dependerá de aprovação em assembleia da categoria, mas, uma vez autorizada, o trabalhador será obrigado a pagá-la, sem direito de oposição. No entanto, a Corte não definiu os parâmetros para a cobrança, que incluem desde a data de validade da nova regra até os percentuais e critérios para o direito de oposição dos trabalhadores ao pagamento.

Com isso, o Executivo e o Legislativo devem estabelecer regras sobre o tema. Marinho defendeu que o acordo coletivo deve “ser sustentado” por toda a categoria.

Em abril do ano passado, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), classificou como um "retrocesso" a volta do imposto sindical. “É um retrocesso. Reforma trabalhista e reforma previdenciária são intocáveis”, afirmou Lira à época.

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