No Dia Mundial da Saúde,
celebrado nesta segunda-feira (7), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou
que quase 300 mil mulheres perdem a vida todos os anos em razão da gravidez ou
do parto, enquanto mais de 2 milhões de bebês morrem ao longo do primeiro mês
de vida e outros 2 milhões são natimortos (bebês que morrem após 20 semanas de
gestação no útero ou durante o parto).
“Isso representa
aproximadamente uma morte evitável a cada sete segundos”, destaca a OMS.
Ainda segundo a
organização, com base em tendências atuais, quatro em cada cinco países estão
longe de atingir metas de melhoria da sobrevivência materna até 2030, enquanto
um em cada três países não conseguirá atingir as metas de redução de mortes de
recém-nascidos.
Campanha
Em razão da data, a OMS
lançou uma campanha, com duração prevista de um ano, em favor do bem-estar
materno e neonatal. O tema escolhido é Começos saudáveis, futuros esperançosos.
“A saúde de mãe e bebês
afeta cada um de nós. Ainda assim, milhões de mulheres e recém-nascidos perdem
suas vidas todos os anos por causas que poderiam ser prevenidas por meio de
atendimento pontual e de qualidade”, disse a entidade.
“A campanha reforça que a
forma como começamos a vida desempenha um papel importante para determinar tudo
o que vem depois. Quando mulheres e recém-nascidos não apenas sobrevivem ao
parto, mas mantêm boa saúde, isso beneficia famílias e comunidades e contribui
para o desenvolvimento econômico e a estabilidade”, avaliou o diretor-geral da
OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Avanços
Apesar dos números, a OMS
destaca que, desde o ano 2000, as mortes maternas caíram 40% em todo o planeta,
enquanto os óbitos entre recém-nascidos registraram redução de pouco mais de
30%.
No ano 2000, 443 mil
mulheres perderam a vida durante ou após o parto. Em 2015, o número caiu para
328 mil mulheres e, em 2023, para 260 mil mulheres. Segundo a OMS, em 2023,
pela primeira vez na história, não houve um único país no mundo que se
classificou como detentor de taxas extremamente altas de mortalidade materna.
Dados da OMS revelam ainda
que, entre o ano 2000 e 2023, as taxas de acesso a cuidados pré-natais em todo
o mundo subiram 21%. No mesmo período, as taxas de acesso a assistência
qualificada durante o parto aumentaram 25% e as taxas de acesso a cuidados no
pós-parto, 15%.