O juiz Benjamim Acácio de
Moura e Costa, do Tribunal de Justiça do Paraná, disse em uma audiência que o
ex-policial penal Jorge Guaranho que matou o guarda municipal e tesoureiro do
PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, em 2022, foi, na verdade, vítima do homem
assassinado.
Guaranho assassinou Arruda
em julho de 2022 após uma discussão política. O ex-policial penal é réu por
homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e será julgado, no tribunal
do júri, em fevereiro de 2025.
Juiz da titular na 1a
Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, Moura e Costa disse que
Guaranho agiu em legítima defesa diante do comportamento "violento"
da vítima. Além de ter defendido a liberdade do réu, o juíz pediu o trancamento
da ação.
"A vítima que morreu
é um ser humano violento, talvez tanto quanto o réu. […] Isso está nítido, não
tem argumento. O rapaz [réu], hoje, parece que é um boca mole, ele tem todo o
movimento dificultado, ele é uma pessoa que teve uma redução de virilidade,
virou um minguado", disse Moura e Costa.
"Eu não afasto em
hipótese alguma a legítima defesa e defendo o trancamento da ação. Não há
elementos para denúncia. O que há são dois homens se agredindo e o que morreu
foi o que provocou. Em um quadro desse eu não tenho dúvida de trancar a ação
penal e instaurar um inquérito para investigar os envolvidos", disse.
O juiz alegou ainda que a
Polícia Civil do Paraná deveria instaurar um inquérito para investigar a viúva
de Arruda e mais um envolvido.
Fonte: Estado de Minas
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