Bomba relógio: Comandante compara “Parque do Povo” a Boate Kiss, mas autoridades mantém silêncio sepulcral.


Vladimir Chaves


É assustador acompanhar o silêncio da Prefeitura de Campina Grande, câmara de vereadores, defesa civil, bombeiros, Ministério Público e a grande mídia para o alerta gravíssimo feito por um comandante da Polícia Militar da Paraíba.

Na última segunda-feira (10), durante entrevista a um dos órgãos de imprensa da Rainha da Borborema, o comandante de Policiamento Regional Metropolitano em Campina Grande, tenente-coronel Gilberto Felipe, alertou para o risco iminente de uma possível tragédia no antigo Parque do Povo, chegando a comparar o “quartel general do forró” a Boate Kiss, “palco” de uma tragédia em 2013 que custou a vida de 242 pessoas e que deixou mais de 600 feridos.

Segundo o comandante, assim como na Boate Kiss o antigo Parque do Povo não dispõe de saídas de emergências condizentes.

“O Parque do Povo hoje é uma peça de museu, se insistir em continuar com esse megaevento, que na verdade não é mais São João, é um festival, permitam-me uma comparação com Boate Kiss. Aguardem para depois procurarem as cabeças ou os pescoços.” Alertou o comandante, que até aqui obteve como resposta o silêncio sepulcral dos órgãos competentes.


Além da falta de saídas de emergências condizentes, o comandante alertou para o alto risco da superlotação nos dias de shows que atraem um público maior, afirmando que apenas 18% da população de Campina Grande atingem a capacidade máxima do antigo Parque do Povo. 

“Não precisa de turista para superlotar o Parque do Povo, 18% da população de Campina Grande lota o Parque do Povo. Isso já liga um alerta”. Disse o militar.

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