O Brasil termina o
primeiro mês de 2024 com dois prontos a menos e 10 posições abaixo no ranking
que avalia a percepção que especialistas e empresários têm sobre a integridade
do setor público. O Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023 aponta o
país em 104º lugar entre 180 nações e com 36 pontos — numa escala que vai de 0
a 100 e quanto maior a nota, melhor é a percepção de integridade.
O documento divulgado pela
Transparência Internacional é produzido desde 2015 e nesta edição mostrou que
mais de dois terços dos países ficaram abaixo dos 50 pontos — a média global
foi de 43 pontos. Na América o Brasil ficou atrás do Uruguai (76 pontos),
Chile e da Argentina (37 pontos). A
maior pontuação foi da Dinamarca (90 pontos) e a pior, da Somália, com 11
pontos.
Reação no Congresso
No Congresso,
parlamentares reagiram ao documento. O senador Sérgio Moro (União Brasil - PR)
chegou a dizer que "era esperado que o Brasil despencasse no ranking da
transparência internacional sobre corrupção. Afinal de contas, temos um
presidente cujas condenações por corrupção foram anuladas por motivos formais,
sem que se afirmasse sua inocência.”
O senador ainda criticou a
falta de iniciativas públicas para barrar a corrupção no país:
“A política do governo não
tem sido de prevenção ou combate à corrupção; pelo contrário. O evento mais
notável é a ação do governo para eliminar as barreiras colocadas na lei das
estatais contra o loteamento político. Lula recentemente esteve na refinaria
Abreu e Lima — que foi palco de corrupção no passado – e anunciou novos
investimentos, sem qualquer preocupação em fazer o mea culpa e, pelo menos,
afirmar que a governança, dessa vez, seria rigorosa para impedir esses
desvios.”
Moro complementou dizendo
que esse tipo de atitude do governo faz com que a percepção sobre o aumento da
corrupção aumente. O que, para o parlamentar, “traz prejuízos para a imagem do
Brasil lá fora, inclusive afugentando investidores.”
0 comentários:
Postar um comentário