A CPMI que investiga os
atos de 8 de janeiro ouvirá na terça-feira (12) a ex-subsecretária de
Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF),
Marília Ferreira Alencar, que estava no posto na época dos ataques. O
depoimento foi marcado para começar às 9h, na Ala Senador Nilo Coelho.
A justificativa do requerimento
para a oitiva, assinado pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e pelo deputado
Carlos Sampaio (PSDB-SP), ressalta que a intervenção federal na segurança
pública do Distrito Federal chegou ao fim depois de 23 dias. E que o
interventor exonerou nove agentes de segurança nomeados em cargos da
secretaria. Entre eles, Marília Ferreira de Alencar.
Segundo o interventor, não
houve ordem de serviço ou plano operacional do Departamento de Operações da
Polícia Militar do Distrito Federal para a atuação policial no 8 de janeiro,
mesmo depois de informado sobre os ataques pela Inteligência da Polícia
Federal. Por isso, considera-se que a depoente convocada “tem muito a colaborar
com os trabalhos da comissão”.
Já o senador Eduardo Girão
(Novo-CE), também autor de requerimento com a mesma finalidade, apontou que,
como responsável pela área de Inteligência da Segurança Pública do DF, Marília
tinha acesso aos relatórios de inteligência do Sistema Brasileiro de
Inteligência (Sisbin), “dispondo de dados diários que acompanham a evolução dos
acontecimentos que possibilitam assessorar o governo do DF”.
O senador Marcos do Val
(Podemos-ES), em outro requerimento, destacou o posto estratégico da convocada
como uma das principais assessoras do então secretário de Segurança, Anderson
Torres, desde 2 de janeiro deste ano. “Naquela função, ela deveria ter as
informações necessárias para orientar o setor operacional da secretaria na
montagem de seus planos de ação, o que parece não ter sido feito de forma
minimamente eficaz, como pode ser visto no desenrolar dos acontecimentos”,
avalia.
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