O
senador Eduardo Girão (Novo-CE) disse que já solicitou por duas vezes
e vai reiterar o pedido, apelando a presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para
obter acesso às imagens dos ataques ocorridos no Senado, no dia 8 de janeiro.
“Eu sou senador desta
Casa. Tem 81 senadores que foram eleitos pelo povo brasileiro. Eu não tenho o
direito de ver as imagens aqui do que aconteceu no dia 8? Vão negar para mim e
para os outros senadores? Vou pedir aos outros senadores que assinem também,
para que o presidente se sensibilize e passe para a gente as imagens, porque
estão vazando, já, essas imagens, e estão mostrando gente orando aqui dentro,
gente recolhendo copo aqui dentro, gente tentando proteger” disse Girão
Para o senador, pessoas
presas pelos ataques ao prédio do Congresso podem ter sido vítimas de uma
"arapuca".
“E é isso que a gente
precisa descobrir na CPMI, o que está difícil, mas, com o vazamento de imagens,
com a graça de Deus, nós vamos conseguir, porque a verdade vai aparecer. Tinha
gente com tática de guerrilha, essa minoria que estava nesse grupo que veio
para cá, para a Esplanada. A maioria, repito, estava com espírito de
manifestação, cantando louvor. Muitos não chegaram nem a entrar. Muitos não
estavam nem aqui, chegaram depois e foram presos; estavam lá no quartel” questionou.
O senador disse que as
imagens vão acabar aparecendo, assim como as gravações do Palácio do Planalto,
que acabou resultando na demissão do general Gonçalves Dias, responsável pelo
Gabinete de Segurança Institucional.
“Foi isso que fez essa CPMI acontecer, porque o governo Lula tinha tanto medo, não queria, que ele fez de tudo para que essa CPMI não acontecesse. Teve aí denúncias de parlamentares, dizendo que estavam recebendo oferta de cargos federais, a própria mídia divulgou, dezenas de milhões de emendas parlamentares para retirar as assinaturas. E aí eles tentam, agora, bloquear qualquer investigação, porque eles têm a maioria de uma CPMI que é instrumento da minoria” afirmou Girão.
O senador registrou ainda
que a CPMI rejeitou o requerimento pela convocação do coronel Sandro Augusto de
Sales Queiroz, então Comandante do Batalhão de Pronto Emprego da Força Nacional
de Segurança Pública no dia 8 de janeiro de 2023, para prestar depoimento na
CPMI. Além disso, Girão questionou o motivo pelo qual não foi aprovado o pedido
para ouvir servidor do Ministério da Justiça, que recebeu alertas da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin), indicando que o objetivo dos atos golpistas
era destruição do patrimônio público. Para o parlamentar, o governo tem a
intenção apenas de "ouvir um dos lados e confirmar sua narrativa".
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