Às margens da votação da
reforma tributária na Câmara dos Deputados, uma pesquisa do Instituto de
Pesquisa de Reputação e Imagem (IPRI) aponta que 86% dos brasileiros rejeitam o
aumento de impostos, além de 85% serem favoráveis à redução da atual carga
tributária sobre todos os alimentos.
O levantamento mostra
ainda que 77% da população brasileira considera a quantidade atual de impostos
sobre a comida alta ou muito alta. Os dados foram encomendados pela Associação
Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA)
Para 90% dos brasileiros,
a possibilidade de um imposto seletivo sobre determinadas categorias de
alimentos, baseada em premissas controversas que as classificam como “não
saudáveis”, desagrada.
Ainda segundo o
levantamento, a insegurança alimentar é o principal prejuízo registrado pela
opinião pública no debate sobre imposto seletivo sobre algumas categorias de
alimentos. Quase 7 em cada 10 brasileiros acreditam que o número de pessoas
passando fome no país subiria caso a medida fosse aprovada no Congresso
Nacional.
Atualmente, a média da
carga tributária brasileira sobre alimentos industrializados é de 24,4%. Já
nos países da Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE), essa média é
de 7%.
Considerando os perfis de
renda familiar, a pesquisa indica que 89% dos brasileiros que ganham até um salário
mínimo são contra o aumento de impostos de maneira geral – até dois salários,
o índice é de 86%. Essa rejeição sobe para 91% e 92%,
respectivamente, quando o assunto é aumento de tributos para determinados
grupos de alimentos e bebidas via imposto seletivo.
A pesquisa foi conduzida
com metodologia face-a-face, que entrevistou uma amostra de 2.015 pessoas,
controlada para representar a distribuição
populacional do país de acordo com o sexo, idade, região, escolaridade, condição
do munícipio e renda. Trata-se da mesma estratégia de uma pesquisa eleitoral
presidencial, com margem de erro de 2 pontos percentuais e intervalo de confiança
de 95%.
0 comentários:
Postar um comentário