A Comissão Parlamentar
Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro retoma os trabalhos na próxima
terça-feira (1º), com reunião marcada para as 9 horas. Desta vez, para ouvir o
depoimento de Saulo Moura da Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de
Inteligência (Abin).
Cunha ocupava o cargo de
diretor da agência no dia 8 de janeiro, quando ocorreu a depredação de prédios
públicos na Praça dos Três Poderes. Ele deixou o cargo no início de março.
Foram apresentados cinco
requerimentos para a convocação de Saulo da Cunha. Um deles é do deputado
Delegado Ramagem (PL-RJ). Ele lembra que, conforme amplamente noticiado pela
imprensa, a Abin emitiu vários alertas sobre o risco de ações ilícitas contra
autoridades e o patrimônio público.
Os alertas, acrescenta o
senador Izalci Lucas (PSDB-DF), foram emitidos "inclusive na véspera das invasões
e depredação de patrimônio público no domingo”.
Após a invasão, lembra o
deputado Marco Feliciano (PL-SP), o governo se recusou a dar acesso às imagens
do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto. Apesar disso, a
emissora CNN divulgou vídeos em que servidores do Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência da República, foram flagrados transitando e
interagindo de forma amigável com invasores no momento da ocupação.
Diante disso, o deputado
Nikolas Ferreira (PL-MG) e o senador Magno Malta (PL-ES) acreditam que a
presença de Cunha na CPMI vai colaborar com a transparência nas apurações.
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