Às vésperas de votações
importantes para o governo do PT na Câmara dos Deputados, o governo liberou R$
465 milhões da verba do Ministério da Saúde, alvo de cobiça do centrão. Deste
valor, R$ 107 milhões irão para Alagoas-estado mais beneficiado e reduto de
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa.
O ministério, comandado
por Nísia Trindade, era foco de reclamações de cardeais do Congresso por, até
semana passada, não ter liberado nada desse dinheiro, que, apesar de não ter o
carimbo de emenda parlamentar, tem sido usado por Lula na articulação política.
Segundo articuladores do
governo, a fatia destravada deve chegar a R$ 600 milhões até o fim da semana,
quando a Câmara pretende votar três projetos econômicos considerados essenciais
para o governo petista, entre eles a reforma tributária.
As negociações em torno
dos bilhões de reais herdados pelo PT após a extinção das emendas de relator
beneficiam aliados do Palácio do Planalto, de Lira e do presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD).
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