O Plenário do Senado
aprovou a indicação do advogado Cristiano Zanin Martins para o cargo de
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A votação secreta terminou com 58
votos a favor e 18 contrários.
Durante o dia, Zanin foi
sabatinado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) por mais de
oito horas. Ele defendeu o respeito às leis, à democracia e ao estado
democrático de direito. Confira a cobertura completa.
“O meu lado sempre foi o
mesmo, o lado da Constituição, das garantias, do amplo direito de defesa, do
devido processo legal. Para mim, só existe um lado; o outro é barbárie, é abuso
de poder. Com muita honra e humildade, sinto-me seguro e com a experiência
necessária para, uma vez aprovado por esta Casa, passar a julgar temas
relevantes e de extremo impacto à nossa sociedade” — disse o indicado, durante
a sabatina.
Na votação no Plenário,
muitos senadores elogiaram a indicação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e destacaram a carreira do indicado, como os senadores Weverton
(PDT-MA), Fabiano Contarato (PT-ES), Rogério Carvalho (PT-SE) e Davi Alcolumbre
(União-AP), presidente da CCJ.
Outros senadores
comunicaram que votariam contra a indicação, como Sérgio Moro (União-PR), Magno
Malta (PL-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Jaime Bagattoli (PL-RO).
“Hoje participei da
sabatina do doutor Cristiano Zanin. Faz parte do processo, o presidente indica,
cabe ao Senado fazer essa avaliação. Fiz as perguntas de maneira técnica e
profissional e coloquei muito claramente: não é uma questão pessoal. Ele fez o
trabalho dele, profissional, como advogado, assim como eu fiz o meu como juiz.
Não obstante, o meu posicionamento é contrário à aprovação do nome do doutor
Cristiano, não por uma questão de falta de qualidades pessoais, mas porque,
como foi destacado por vários outros, é o advogado particular do presidente da
República” argumentou Sérgio Moro.
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