A taxa de desocupação
chegou a 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro, um aumento de 0,5 ponto
percentual (p.p.) na comparação com os três meses anteriores. Esse é o menor
resultado para o período desde 2015 (7,5%). O número de desocupados cresceu
5,5% e chegou a 9,2 milhões de pessoas, o que representa um acréscimo de 483
mil pessoas à procura por trabalho. Os dados são da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada hoje (31) pelo IBGE.
A queda do número de
ocupados foi de 1,6%, com retração de 1,6 milhão de pessoas no mercado de
trabalho frente ao trimestre anterior. Com isso, o nível de ocupação,
percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, chegou a
56,4%, queda de 1,0 p.p. na mesma comparação.
Entre as categorias que
mais perderam postos de trabalho no período estão o empregado sem carteira no
setor público (-14,6% ou menos 457 mil), o empregado sem carteira assinada no
setor privado (-2,6% ou menos 349 mil pessoas) e o trabalhador por conta
própria com CNPJ (-4,8% ou menos 330 mil). O número de empregados com carteira
assinada no setor privado ficou estável após seis trimestres consecutivos de
crescimento significativo.
Ainda na comparação com o
trimestre anterior, houve redução de 206 mil pessoas na categoria dos
empregadores, que agora soma 4,1 milhões de pessoas. Já o número de
trabalhadores domésticos ficou estável e é estimado em 5,8 milhões. A taxa de
informalidade também ficou estável no trimestre (38,9%).
No mesmo período, não
houve crescimento de ocupação em nenhum dos setores analisados pela pesquisa.
Quatro deles tiveram retração no período: Administração pública, defesa,
seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-2,7%, ou menos
471 mil pessoas), Indústria geral (-2,7%, ou menos 343 mil pessoas),
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-2,3%, ou menos
202 mil pessoas) e Outros serviços (-3,2%, ou menos 171 mil pessoas). Os outros
setores investigados se mantiveram estáveis.
Com o aumento da
desocupação e a retração no número de pessoas ocupadas, a população fora da
força de trabalho cresceu 2,3%, o que representa 1,5 milhão de pessoas a mais.
Na mesma comparação, a força de trabalho potencial, estimada em 7,3 milhões,
ficou estável. Esse grupo reúne aqueles que não estavam ocupados nem procuravam
uma vaga no mercado, mas tinham potencial para se transformarem em força de
trabalho. O número de desalentados também ficou estável quando comparado ao
trimestre anterior. Eles somam 4 milhões de pessoas.
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