O Conselho Regional de
Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) fez um alerta aos tutores de animais
sobre a utilização de petiscos que estariam causando intoxicação e morte de
animais. O número de cães que morreram
após o consumo dos alimentos não para de crescer e já foram registrados casos
em 13 estados e o Distrito Federal.
A entidade explica que o
composto químico encontrado nos petiscos é monoetilenoglicol, comumente
utilizado como anticongelante, presente em produtos automotivos e em
refrigeradores, e em sua forma pura costuma atrair animais por conta de seu
sabor doce. O Conselho orienta procurar um médico veterinário aos primeiros
sintomas e a realização de autopsia para identificar a causa da morte e servir
como prova para futuras ações.
O presidente da CRMV-PB, o
veterinário Cecílio Martins, destaca que os animais que ingeriram os produtos,
segundo os relatos, apresentaram cansaço repentino, desconforto abdominal,
diarréia, vômito e convulsões. “Esses são sintomas de intoxicação e a nossa orientação
é que os tutores fiquem atentos aos sintomas e procurem orientação
médica-veterinária com urgência”, disse, acrescentando que é recomendado
suspender a utilização dos produtos até que o caso seja esclarecido.
Fases da intoxicação - O
especialista explica que a primeira fase da intoxicação ocorre entre uma e três
horas após a ingestão do produto contaminado o animal apresenta um andar
cambaleante. Depois, ele fica apático e pode apresentar quadro de
agressividade. Esta fase afeta o sistema nervoso central, tendo como sintomas
também a queda da temperatura corporal e taquipenia – respiração rápida e rasa,
ofegante. No segundo dia, após a ingestão, pode ocorrer náuseas, vômitos,
ausência de urina e convulsões. Em menos de 72 horas pode ocorrera a morte do
animal.
Serviço - Os petiscos
identificados até o momento são: Dental Care, Every Day e a Petz Snack Cuidado
Oral. Todos são de fabricação da empresa Bassar. O Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA) determinou o recolhimento nacional de todos os
lotes de produtos da Bassar. A pasta também interditou a fábrica da empresa, em
Guarulhos (SP), até que sejam apresentadas todas as informações requeridas pela
fiscalização. A Polícia Civil descobriu a contaminação de pelo menos uma das amostras
coletadas por monoetilenoglicol – também chamado simplesmente por
etilenoglicol.
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