A safra de grãos
brasileira 2021/2022 deve alcançar 271,3 milhões de toneladas, informou hoje
(8) a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estimativa, que faz parte
do 9º levantamento da safra divulgado pela empresa, aponta ainda um ganho de
15,8 milhões de toneladas na comparação com a safra de 2020/2021.
Segundo a Conab, esse
aumento na produção é explicado por um melhor desempenho do milho que
apresentou crescimento de 32,3%, mesmo com as perdas causadas pelo
comportamento climático e o baixo índice pluviométrico na Região Centro-Sul.
“O comportamento climático
e o baixo índice pluviométrico, sobretudo na Região Centro-Sul, causaram perdas
significativas nas culturas de milho e de soja, como já estamos anunciando há
muito tempo. Inicialmente prevíamos uma produção total de uma safra de 288,6
milhões de toneladas e em função desse fator climático hoje temos uma redução,
mas comparando a safra 2020/2021, tivemos um aumento de 6,2%, ou seja de 15,8
milhões de toneladas”, disse o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, durante a
apresentação do levantamento.
De acordo com a Conab, a
área plantada, na atual safra, é estimada em 73,7 milhões de hectares,
crescimento de 5,7% se comparada à safra 2020/21. Os maiores incrementos são
observados na soja, 4,6%, ou 1,8 milhão de hectares e, no milho, 8,6% ou 1,7
milhão de hectares.
O levantamento mostra
ainda que, no final de maio, as culturas de primeira safra estavam com a
colheita praticamente finalizada, as de segunda safra em fase inicial de
colheita e as de terceira safra, juntamente com as culturas de inverno, em fase
de semeadura.
Na avaliação de Ribeiro, o
resultado final vai depender do clima nos próximos meses. “O resultado final do
volume desta safra ainda depende do comportamento climático, fator
preponderante para o desenvolvimento das culturas”, disse Ribeiro.
A Conab informou que, para
o milho, é esperada uma produção total de 115,2 milhões de toneladas, elevação
de 32,3% em comparação com a safra 2020/21. O levantamento mostra que a
primeira safra já está em fase final de colheita e a segunda safra, em fase
inicial. Já a terceira safra teve o plantio finalizado na segunda quinzena de
abril.
Em relação ao arroz, a
produção será menor que a da safra passada. A queda estimada é de 9,9%. Com
isso a safra deve ficar em 10,6 milhões de toneladas, das quais 9,8 milhões são
de cultivo irrigado e 0,8 milhões com o plantio sequeiro.
"As condições
climáticas de maio foram favoráveis para a conclusão da colheita na maioria dos
estados, mas houve um excesso de chuvas no Nordeste, que tem prejudicado o
avanço da colheita", diz o levantamento.
A soja também terá uma
queda na produção, disse a Conab. A produção estimada é 10,1% menor em relação
à safra anterior e deve ficar em 124,3 milhões.
Já as safras de feijão e de algodão terão aumento em relação à safra anterior. Na de feijão, a Conab estima um aumento de 6,6% em relação à safra anterior, com a produção ficando em 3,1 milhões de toneladas.
A safra de algodão deve
ter um crescimento de 19,3%, favorecida, em parte, pelas condições climáticas e
pelo aumento na área plantada. A estimativa é que a safra seja de 2,82 milhões
de toneladas de pluma. A colheita foi iniciada em maio e ganhará escala em
junho.
Já as culturas de inverno,
como aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale estão em fase de
plantio, mas ainda apresentam uma plantação incipiente e devem somar pouco mais
de 10 milhões de toneladas, das quais 8,4 milhões de toneladas para o trigo e
1,2 milhão para a aveia.
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