O Produto Interno Bruto
(PIB) cresceu 1,0% no primeiro trimestre de 2022 (comparado ao quarto trimestre
de 2021), na série com ajuste sazonal. Frente ao mesmo trimestre de 2021, o PIB
apresentou crescimento de 1,7%. No acumulado nos quatro trimestres, terminados
em março de 2022, o PIB cresceu 4,7%, comparado aos quatro trimestres
imediatamente anteriores.
Em valores correntes, o
PIB no primeiro trimestre de 2022 totalizou R$ 2,249 trilhões, sendo R$ 1,914
trilhão referente ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 335,3 bilhões
aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
No primeiro trimestre de
2022, a taxa de investimento foi de 18,7% do PIB, abaixo da observada no mesmo
período de 2021 (19,7%).
O PIB cresceu 1,0% na
comparação do primeiro trimestre de 2022 contra o quarto trimestre de 2021, na
série com ajuste sazonal. Houve queda na Agropecuária (-0,9%), estabilidade na
Indústria (0,1%) e elevação dos Serviços (1,0%).
Dentre as atividades
industriais, houve avanço nas atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto,
atividades de gestão de resíduos (6,6%), Indústrias de Transformação (1,4%) e
Construção (0,8%). O único desempenho negativo ocorreu nas Indústrias
Extrativas (-3,4%).
Nos Serviços, houve
crescimento em Outros serviços (2,2%), Transporte, armazenagem e correio
(2,1%), Comércio (1,6%), Atividades imobiliárias (0,7%) e Administração, saúde
e educação pública (0,6%). Ocorreram quedas na Informação e comunicação (-5,3%)
e na Intermediação financeira e seguros (-0,7%).
Pela ótica da despesa, a
Despesa de Consumo das Famílias (0,7%) teve crescimento, a Despesa de Consumo
do Governo (0,1%) apresentou estabilidade e Formação Bruta de Capital Fixo
(-3,5%) registrou queda.
No setor externo, as
Exportações de Bens e Serviços cresceram 5,0%, enquanto as Importações de Bens
e Serviços caíram 4,6% em relação ao quarto trimestre de 2021.
PIB cresce 1,7% frente ao
1º trimestre de 2021
Quando comparado a igual
período do ano anterior, o PIB teve crescimento de 1,7% no primeiro trimestre
de 2022. O Valor Adicionado a preços básicos teve variação positiva de 1,9% e
os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram em 0,5%.
A Agropecuária registrou
queda de 8,0% em relação a igual período do ano anterior. Alguns produtos
agrícolas, cujas safras são significativas no primeiro trimestre, apresentaram
decréscimo na estimativa de produção anual e perda de produtividade: soja
(-12,2%), arroz (-8,5%), fumo (-7,3%) e mandioca (-2,7%). Já o milho, que
também tem safra relevante no trimestre, apontou ganho de produtividade e
crescimento na produção anual, estimado em 27,5%. Cabe ressaltar que a
estimativa da Pecuária demonstrou bom desempenho no decorrer do primeiro
trimestre do ano, com destaque para os bovinos.
A Indústria apresentou
queda de 1,5%. Nesse contexto, a Indústria de Transformação (-4,7%) registrou a
maior queda, sendo seu resultado influenciado, principalmente, pela fabricação
de máquinas e aparelhos elétricos; fabricação de produtos de metal; fabricação
de produtos de borracha e material plástico; indústria moveleira e
farmacêutica. Houve recuo também nas Indústrias Extrativas (-2,4%), que foram
afetadas pela queda da extração de minérios ferrosos que superou o aumento
ocorrido na extração de petróleo e gás.
A Construção (9,0%), por
sua vez, teve sua quinta alta consecutiva. A alta na ocupação da atividade
corrobora seu crescimento em relação ao ano anterior. A atividade de
Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (7,6%)
também cresceu no período, sendo favorecida pela menor geração de energia pelas
termoelétricas no período.
O valor adicionado dos
Serviços subiu 3,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. As
atividades que apresentaram alta foram: Outras atividades de serviços (12,6%),
influenciada pela retomada da demanda por serviços presenciais, Transporte,
armazenagem e correio (9,4%), Informação e comunicação (5,5%), Administração,
defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (2,9%) e Atividades
Imobiliárias (0,3%). As que tiveram retração foram: Atividades financeiras, de seguros e serviços
relacionados (-1,6%) e Comércio (-1,5%).
A Formação Bruta de
Capital Fixo recuou 7,2% no primeiro trimestre de 2022, após cinco trimestres
de crescimento consecutivos. Além do Repetro do primeiro trimestre de 2021,
este desempenho é explicado pela queda na produção interna e na importação de
bens de capital.
A Despesa de Consumo das
Famílias cresceu 2,2%. Esse resultado foi influenciado pela retomada da demanda
por serviços presenciais. A Despesa de Consumo do Governo também apresentou
elevação (3,3%) em relação ao primeiro trimestre de 2021.
No setor externo, as
Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 8,1%, enquanto as
Importações de Bens e Serviços recuaram 11,0% no primeiro trimestre de 2022.
Dentre as exportações de bens, aqueles setores que contribuíram mais para o
resultado positivo foram: agropecuária; produtos alimentícios; derivados do
petróleo e biocombustíveis; e produtos de metal. Na pauta de importações de
bens, a queda se deu principalmente por: produtos químicos; máquinas e
aparelhos elétricos; metalurgia; e produtos alimentícios.
PIB cresce 4,7% no
acumulado em quatro trimestres
O PIB acumulado nos quatro
trimestres terminados em março de 2022 apresentou crescimento de 4,7% em
relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do
avanço de 4,5% do Valor Adicionado a preços básicos e de 5,9% nos Impostos
sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado neste
tipo de comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (-4,8%),
Indústria (3,3%) e Serviços (5,8%).
Todas as atividades
industriais apresentaram variação positiva: Construção (11,3%), Indústrias
Extrativas (3,2%), Indústria da Transformação (2,0%) e Eletricidade e gás,
água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,3%).
Nos Serviços, houve
resultados positivos para: Transporte, armazenagem e correio (13,7%), Outras
atividades de serviços (12,9%), Informação e comunicação (12,3%), Comércio
(4,0%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social
(3,3%) e Atividades imobiliárias (1,3%). Houve queda apenas para Atividades
financeiras, de seguros e serviços relacionados (-0,9%).
Na análise da demanda, a
Despesa de Consumo das Famílias, a Despesa de Consumo do Governo e a Formação
Bruta de Capital Fixo cresceram 4,6%, 3,8% e 10,1%, respectivamente. Já no
âmbito do setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 7,4%,
enquanto as Importações de Bens e Serviços apresentaram elevação de 7,0%.
Taxa de Investimento foi
de 18,7% no 1º trimestre
A taxa de investimento no
primeiro trimestre de 2022 foi de 18,7% do PIB, portanto abaixo do observado no
mesmo período do ano anterior (19,7%).
As Contas Econômicas
Integradas e a Conta Financeira não serão divulgadas no primeiro trimestre de
2022. O Balanço de Pagamentos, que é uma das fontes principais para sua
elaboração, não foi publicado pelo Banco Central do Brasil com dados relativos
ao mês de março até o fechamento desta divulgação.
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