A Anvisa informa que serão
enviadas para análise laboratorial confirmatória as amostras de dois
brasileiros que, preliminarmente, apresentaram resultado laboratorial positivo
para a variante ômicron do Sars-Cov-2, após testagem realizada pelo laboratório
Albert Einstein.
Tal testagem deve-se ao
fato de que um passageiro vindo da África do Sul e que desembarcou em Guarulhos
no dia 23/11, portando resultado de RT-PCR negativo, com vistas a se preparar
para a viagem de regresso à África do Sul, procurou o laboratório localizado no
aeroporto de Guarulhos, no dia 25/11, para, já na companhia de sua esposa,
realizar o teste de RT-PCR requerido para o retorno. Naquele momento, ambos
testaram positivo para a Covid-19 e o fato foi comunicado ao Centro de
Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de São Paulo.
Diante dos resultados
positivos, o laboratório Albert Einstein adotou a iniciativa de realizar o
sequenciamento genético das amostras. Ademais, o laboratório notificou a Anvisa
sobre os resultados positivos dos testes e sobre o início dos procedimentos
para sequenciamento genético no dia 29/11 e, na data de hoje, 30/11, informou
que, em análises prévias, foi identificada a variante Ômicron do Sars-Cov-2.
De acordo com os
protocolos nacionais, o material deve ser enviado ao Instituto Adolfo Lutz
(IAL) para fins de confirmação do sequenciamento genético.
A Anvisa também oficiou o
Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde estadual e municipal de São Paulo
sobre o evento em saúde identificado na data de hoje para adoção das medidas de
saúde pública pertinentes.
Diante da identificação e testagem com resultado positivo para Covid-19, a Rede CIEVS, ligada ao Ministério da Saúde, deve monitorar casos de acordo com o sistema de vigilância vigente no Brasil, para avaliação das condições de saúde e direcionamento dos indivíduos aos serviços de atenção à saúde, bem como para adoção das medidas de prevenção e controle da Covid-19.
A Agência ressalta que a
entrada do passageiro no Brasil ocorreu no dia 23/11, ou seja, antes da
notificação mundial sobre a identificação da nova variante, que foi relatada
pela primeira vez à Organização Mundial de Saúde (OMS) pela África do Sul no
dia 24 de novembro. A entrada também foi anterior à edição da Portaria
Interministerial CC-PR/MS/MJSP/MINFRA n° 660, de 27 de Novembro de 2021, que
proibiu, em caráter temporário, voos com destino ao Brasil que tenham origem ou
passagem pela República da África do Sul e que também suspendeu, em caráter
temporário, a autorização de embarque para o Brasil de viajantes estrangeiros,
procedentes ou com passagem, nos últimos 14 dias antes do embarque, por esse país.
Entenda as restrições
Conforme recomendação da
Anvisa, a Portaria Interministerial nº 660, de 27 de novembro de 2021, proibiu
voos com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem pela República da
África do Sul, República de Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República
da Namíbia e República do Zimbábue.
De acordo com a Portaria
vigente, o viajante brasileiro procedente ou com passagem pela República da
África do Sul, República do Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto,
República da Namíbia e República do Zimbábue, nos últimos quatorze dias antes
do embarque, ao ingressar no território brasileiro, deverá permanecer em
quarentena, por quatorze dias, na cidade do seu destino final.
A Anvisa, desde a última
sexta-feira, 26/11, ao identificar o risco de transmissão da nova variante
Ômicron, já vem atuando para captação de eventuais riscos de sua disseminação
no Brasil.
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