O ministro da Economia,
Paulo Guedes, em audiência pública virtual no Congresso Nacional, criticou a
demora na aprovação das medidas que reduzam os gastos públicos e flexibilizem o
orçamento. As reformas do pacto federativo e da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) Emergencial, paradas no Senado há um ano. Entre as reformas
fiscais, dois projetos, um que desvincula recursos parados em fundos públicos e
outro que institui um plano de recuperação fiscal para estados, aguardam
votação na Câmara.
Segundo Guedes, a equipe
econômica fez sua parte enviando as propostas ao Congresso. Agora, cabe aos
parlamentares destravar a pauta e votar os textos. “É completamente insensato,
quase desonesto, ficar cobrando coisas que já estão entregues. É muito fácil
disfarçar desentendimento político passando a conta para quem já fez a sua
parte. Não cobrem da economia. Quem faz o timing das reformas é a política. Não
adianta devolver a conta para a economia”, declarou.
O ministro também pediu
empenho na aprovação da reforma tributária, que tramita em uma comissão mista
especial do Congresso. Segundo Guedes, o debate está interditado por causa de
acordos entre parlamentares da Mesa Diretora e partidos de esquerda. Ele também
disse que acordos entre legendas de esquerda estão atrapalhando o cronograma de
privatizações. “Como é que eu vou privatizar se não entra na pauta?”,
questionou.
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