Segundo o Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), em junho, o país
registrou a menor taxa de habitantes que sobrevivem com até U$ 1,90, o
benefício fez o país registrar a menor taxa no indicativo socioeconômico nos
últimos 40 anos.
A pesquisa mostra que 3,3%
dos brasileiros, cerca de 6,9 milhões de pessoas, vivia em junho com a renda
per capita de US$ 1,90 por dia. Em maio, a taxa de populares abaixo da linha de
extrema pobreza era de 4,2%, equivalente a 8,8 milhões de brasileiros, segundo
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Outros estudos do IBGE
indicam que o país conseguiu atingir o menor índice de miséria desde o início
dos anos 80. Até então, o menor registro ocorreu em 2014, quando o resultado se
igualou ao de maio deste ano.
“A Pnad passou a ter
cobertura nacional total a partir de 2004. Antes, a área rural da região Norte
não era tão bem coberta. Mas é bem aceito que nunca o Brasil teve taxas de
pobreza tão baixas”, destacou o pesquisador responsável pelo levantamento do
Ibre/FGV, Daniel Duque, ao Valor Econômico.
Ele acredita que o dado
positivo é fruto do benefício de R$ 600, que distribuído para uma família de
três pessoas, faz com que a renda per capita ultrapasse R$ 200 da linha da
extrema pobreza. “Existem famílias que recebem cota dupla do benefício, como
mães e pais solteiros, chegando a R$ 1.200. Nesse caso, mesmo que tenha quatro
integrantes, a renda per capita dessa família vai superar a linha de corte de
R$ 154 mensais”, calculou.
Renda Brasil
Em julho, o Governo
Federal anunciou que o benefício será estendido por mais dois meses e,
possivelmente, seja encerrado ao término do prazo devido ao investimento
bilionário. Para o especialista, o fim do pagamento pode provocar uma retomada
da pobreza. Contudo, o comportamento das relações de negócio e a recuperação do
mercado de trabalho podem frear o aumento da taxa.
Para prosseguir com o
programa, uma das propostas do governo é criar o Renda Brasil, em substituição
ao Bolsa Família. Caso aprovado, o novo pagamento poderá ser disponibilizado já
ao término do Auxílio Emergencial e deve incorporar parte do pagamento.
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