Já há quase três semanas
em quarentena ampla com cidadãos isolados ainda em um clima de verão, decisões
podem ocasionar atraso no pico epidemiológico e jogá-lo para o inverno,
tornando a situação mais preocupante. A previsão do tempo para o Sul do país,
por exemplo, mostra que o mês de abril terá em média 5 graus abaixo da
temperatura média do período de quarentena e em maio o sul do Brasil registrará
temperatura mais propícia a propagação do coronavírus e outras gripes como a
influenza, que mata cerca de 7 a 8 mil pessoas a cada mês no inverno
brasileiro. Ainda mais preocupante é o precedente e o padrão de decisões
impensadas e o risco de decretação de outras quarentenas sub histeria e
atitudes autoritárias de governadores e prefeitos.
A decisão mais acertada
era não postergar o pico epidemiológico para o momento de menores temperaturas,
alertaram alguns especialistas. A maior parte dos prefeitos e governadores só
dão ouvidos para a grande mídia e a politicagem em torno da pandemia.
Risco de co-infecção no
inverno é maior
Duas variáveis podem
agravar o problema na região Sul e Sudeste durante o inverno: a confusão com
outras gripes e as co-infecções do vírus chinês com outros tipos de gripes como
a influenza (H1N1 e variantes).
A partir de abril e maio,
estatística do Ministério da Saúde mostra que mortes por influenza, gripe e
pneumonia aumentam 15 a 30%.
Pacientes poderão
enfrentar infecção por influenza junto com coronavírus, aumentando o risco de
complicações e morte, esse risco foi confirmado com médicos da área da gestão
de saúde pública.
Parte do sistema de saúde
ficará ocioso nesta quarentena contra o coronavírus durante o verão, com vagas
sobrando em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e também leitos, mas como
iremos lidar com um inverno nas regiões Sul e Sudeste, onde já registramos mais
de 31 mil óbitos por influenza, gripe e pneumonia entre maio e agosto de 2018?
Quantos casos de co-infecção teremos entre influenza e covid-19?
Com informações do
estudosnacionais.com
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