O período de
distanciamento social provocado pela pandemia do coronavírus está provocando
uma série de ações positivas dentro do sistema municipal de saúde de Campina
Grande. Há uma semana, enfermeiras, técnicas de enfermagem e voluntárias estão
produzindo capotes de proteção para os profissionais de saúde da cidade.
A ideia surgiu das
enfermeiras diante da dificuldade para adquirir Equipamentos de Proteção
Individual (EPIs). No auditório do HCA elas montaram máquinas de costura e
iniciaram o processo de fabricação dos capotes de proteção. O espaço conta com
5 máquinas e a produção pode chegar a até 50 capotes por dia. O material está
sendo doado para outras unidades hospitalares também.
“Tivemos a iniciativa de
fazer essa oficina de costura com o objetivo de produzir os EPIs porque sabemos
que está difícil para comprar pela falta do material no mercado. Tivemos o
apoio da direção do hospital, que doou parte do material, e montamos essa
espécie de ateliê”, disse a enfermeira Mariana Japiassu.
As enfermeiras iniciaram
uma campanha e o projeto foi ampliado. Uma parceria foi firmada com o SENAI,
que está disponibilizando o corte a laser das peças antes da montagem. Várias
pessoas se disponibilizaram a ajudar doando material e voluntárias também estão
realizando a costura em suas casas.
“A gente prepara o kit com
o material, tecido, elástico, linha e o molde e envia para a casa das
voluntárias. Elas costuram e nós vamos buscar os capotes em seguida. Já são
cerca de 20 voluntárias que estão costurando em casa”, disse a Diretora Técnica
do HCA, Taís Dantas.
A Secretaria de Saúde de
Campina Grande realizou a compra de 1.300 capotes impermeáveis e, esta semana,
recebeu mais 200 de doação da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba. “Estamos
com um estoque razoável, mas que pode não ser suficiente para atravessar todo o
período de crise do coronavírus, então essa produção vai ajudar muito nos
serviços ambulatoriais da cidade”, disse o Secretário de Saúde, Filipe Reul.
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