A expectativa da
força-tarefa da Lava Jato é que o juiz federal Sérgio Moro aceite denúncia
contra a presidente cassada Dilma Rousseff (PT) pela compra superfaturada da
refinaria norte-americana de Pasadena. Pouco tempo depois de pagar US$42,5
milhões pela refinaria, a empresa belga Astra Oil a vendeu à Petrobras por um sobre
preço estimado em US$741 milhões (R$2,5 bilhões), de acordo com perícia da
Polícia Federal.
Laudos periciais da
Polícia Federal, que são anexadas ao processo como provas, responsabiliza o
conselho de administração da Petrobras por decidir pela aquisição. Dilma, na
ocasião, era ministra do governo Lula e presidente do conselho, integrado
também por Antonio Palocci, Cláudio Haddad, Fábio Colletti Barbosa, Gleuber Vieira
e José Sergio Gabrielli.
Os laudos foram anexados
ao inquérito de Pasadena, sob exame do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba. A
investigação deu origem à denúncia – aceita em 18 de março por Moro – em que a
Lava Jato acusa o senador cassado Delcídio Amaral (ex-PT-MS) e outros nove por
corrupção e lavagem de US$17 milhões (R$56,3 milhões) provenientes da compra de
50% da refinaria.
Os conselheiros que
participaram da reunião em que a compra foi definida não agiram com “o zelo
necessário à análise da operação colocada”, segundo os peritos, citados por
Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo, que sugerem a quebra dos sigilos
bancários de todos membros do conselho de administração da Petrobras.
Diário do Poder.
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