Um grupo formado por 15
empresas que exploram o serviço de táxi no Rio não é afetado pela disputa por
passageiros desde a chegada do Uber, o serviço de transporte executivo
oferecido por aplicativo de celular. São empresas de propriedade dos barões dos
táxis, donos de frotas que vivem do aluguel dos amarelinhos para os motoristas
de praça. Juntas, elas deteriam — segundo a Secretaria municipal de Transportes
e amparadas pela lei municipal 5.492/2012 — apenas 1.671 veículos dos 33 mil
táxis na cidade. Só com as diárias pagas de segunda a sexta-feira pelos cerca
de dois mil taxistas que dirigem esses carros, os barões faturam, ao menos, R$
6,7 milhões por mês.
A Máfia opera através de
um lobby com vereadores da cidade, que dificulta a liberação de novas licenças
de táxi, o que faz os motoristas novos serem obrigados a alugar carros licenciados
dessas empresas para poder trabalhar. Com a chegada do Uber, onde a
regulamentação é privada e não depende de liberação da prefeitura, a máfia
perde o monopólio desse serviço.
Em novembro de 2016, as
empresas de aluguel de táxi e taxistas
conseguiram amplo apoio dos vereadores do Rio de Janeiro e proibiram o Uber na
cidade com nenhum voto contrário ao projeto de Lei. No entanto, uma liminar na
justiça derrubou a lei e permitiu a circulação de Uber e outros aplicativos.
Agora, a batalha entre
aplicativos de caronas e os velhos barões dos táxis tem mais um episódio. O Projeto de Lei n° 28/2017 – o qual visa
extinguir os aplicativos de transportes privados(99, Cabify e Uber) no Brasil –
escrito por Fabio Godoy, advogado ligado ao Sindicato dos Taxistas de São Paulo
(SINDITAXI-SP) teria sido votado ainda hoje no senado, mas foi adiado. Resta
agora esperar para ver se o lobby da máfia é forte suficiente para conseguir
votos e ir contra a vontade da maioria dos brasileiros.
Fonte: Ilisp.org
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