O Brasil teve criação de
35.457 vagas de emprego formal em agosto, segundo dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged) divulgado na quinta-feira (21) pelo
Ministério do Trabalho. O saldo no mês é a diferença entre admissões e
demissões no período. É o quinto mês consecutivo de criação de vagas formais. O
saldo acumulado no ano é de 163.417 vagas.
Na contramão do mercado
brasileiro, a cidade de Campina Grande, segunda maior força econômica do Estado
da Paraíba, amarga saldo negativo de 1.583 postos de trabalho fechados ao longo
do ano. Somente no mês de agosto 337 pessoas ficaram desempregadas na cidade,
segundo os dados do Caged.
Para o presidente da
Câmara de Dirigentes Lojistas _ CDL de Campina Grande, Artur Almeida (Bolinha),
é preciso tomar medidas urgentes para que a situação se reverta. “Estamos indo
de encontro com o que já acontece no país, que é a retomada da geração de
empregos, e isso muito nos preocupa, pois, a medida em que o número de
desempregados aumenta a economia da cidade para e a consequência disso é que
novas demissões ocorram”, completou.
A preocupação do dirigente
lojista tem um agravante. É que o comércio varejista, que vinha apresentando
números positivos nos primeiros meses do ano, já acumula quase cem vagas fechadas
nos meses de junho a agosto, sendo as funções de vendedor e de operador de
caixa as que mais demitiram.
Inadimplência também
preocupa
Outro dado alarmante é
quanto ao crescimento da inadimplência no comércio da cidade. De acordo com o
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Campina Grande registrou aumento
de 18% no número de consumidores inadimplentes comparado ao mesmo período do
ano passado. De janeiro a agosto 10.469 consumidores adquiriram alguma dívida
contra 8.883 no mesmo período de 2016.
“Se formos comparar os
dados da geração de empregos e da inadimplência no primeiro semestre,
perceberemos que as demissões têm contribuído para que as pessoas sejam
incluídas no cadastro de devedores”, frisou.
Vagas temporárias em menor
quantidade
Com as proximidades do
período de final de ano aumenta-se a expectativa de contratações temporárias
entre os profissionais que desejam voltar ao mercado de trabalho. Algumas lojas
já começam a receber currículos, mas, de acordo com o presidente da CDL, essas
contratações só deverão acontecer mesmo no mês de dezembro.
“Tradicionalmente o
comércio de Campina Grande contrata empregados temporários para o Natal, mas
como já vem ocorrendo nos últimos anos, essas contratações deverão ser feitas
de maneira tímida e com a exigência de experiência na função desejada”,
acrescentou Artur.
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