Impunidade no caso do playboy Rodolpho Carlos repercute na Câmara dos Deputados.


Vladimir Chaves

A impunidade ainda existente em relação ao estudante Rodolpho Gonçalves de Oliveira Carlos, de 24 anos, que atropelou e matou o agente de trânsito Diogo Nascimento, ao desrespeitar uma ordem de parada numa blitz da Operação Lei Seca repercutiu na Câmara dos Deputados através de um discurso do deputado federal paraibano Luiz Couto (PT) na última quinta-feira, 9. O parlamentar criticou o fato de o jovem não ter sido preso depois de cometer o crime e permanecer em liberdade até agora. Para Couto, o episódio foi "muito simbólico e emblemático da realidade desigual, injusta e violenta do Brasil".

Ele fez um comparativo entre o tratamento dado a Rodolpho Carlos, que dirigia um Porsche na madrugada de 21 de janeiro e que fugiu do local do crime, no Bessa, bairro nobre da capital paraibana, sem prestar socorro à vítima e um outro atropelamento ocorrido 10 dias depois, no Centro de João Pessoa, cometido por um flanelinha,  Antônio Avelino dos Santos Filho, que dirigia embriagado o carro de um cliente e acabou atingindo um idoso de 74 anos, que morreria no dia seguinte. Enquanto Rodolpho recebeu um habeas corpus na madrugada após o fato, Antônio foi preso em flagrante, fez o teste do bafômetro e permanece atrás das grades esperando o julgamento.


"Quero cobrar Justiça. Não adianta elaborar leis maravilhosas se elas não são postas em prática, se as autoridades não cobram seu cumprimento. Justiça para Diogo Nascimento, respeito às autoridades de trânsito e aos cidadãos pedestres, motoristas, ciclistas, motociclistas é o que eu cobro! Como cristão, eu creio na chance de recuperação. Tanto de Rodolpho quanto de Antônio. Aqui, ergo minha voz para pedir aos paraibanos que não passem do limite da lei ao cobrar Justiça. Nós queremos paz e devemos agir com o espírito pacífico, mas determinado. Paz no trânsito, respeito ao semelhante e determinação para uma luta coerente pela Justiça em todos os casos", concluiu Luiz Couto.

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