A presidente da Comissão
Nacional de Direito Ambiental da OAB, advogada paraibana Marina Gadelha, está
coordenando uma comissão formada por advogados de todo o Brasil para auxiliar
os moradores atingidos pelo rompimento de uma barragem da mineradora Samarco em
Mariana, Minas Gerais. O que já é considerado o maior desastre ambiental do
Brasil, completa um ano neste 5 de novembro.
A Comissão visitou áreas
atingidas, moradores afetados e conversou com a população para fazer um
levantamento detalhado do que já foi feito e do que ainda deve ser
providenciado. “A sexta-feira foi dedicada a este contato mais próximo da OAB
com os moradores da região. Traçaremos um quadro detalhado da atual situação
que servirá de base do nosso trabalho”, informou Marina.
Além das visitas e
conversa com a população, a Comissão realizou uma primeira reunião de avaliação
na tarde desta sexta, em Mariana. “O primeiro resultado objetivo desta Comissão
é a confecção de um relatório detalhado do que encontramos. Além disso, o
documento trará propostas de ações a serem desenvolvidas na região para reparar
os danos ambientais e às famílias”, explica Marina Gadelha.
A reunião contou com a
participação de Domingo Arjones (BA), Eli Ramos (SC) e Marília Longo (RS),
todos membros da Comissão de Direito Ambiental da OAB. Também estiveram
presentes o presidente da Sub-Seção da OAB de Mariana e o vice-presiente da OAB
Nacional, Luiz Claudio Chaves, o prefeito, o secretário de Meio Ambiente e a
Defesa Civil de Mariana, além de representantes dos atingidos.
A presidente da Comissão
Nacional de Direito Ambiental da OAB lamentou as vidas perdidas no rompimento
da barragem. “Não traremos aquelas 19 pessoas de volta, mas é preciso garantir
que uma tragédia como esta não se repita”. Marina reforçou que além das vidas,
os danos ao meio ambiente foram sem precedentes. “Foram 32 milhões de metros
cúbicos de rejeitos de minério de ferro derramados na natureza. Os danos são
muitos e ainda persistem, infelizmente”, finalizou.
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