Além de ter o seu pior
desempenho em capitais desde 1985, com apenas um prefeito eleito, e de eleger
pouco mais de 250 prefeitos em 2016, o PT perdeu sete de cada dez votos que
conquistou em 2012. Em meio à maior crise de sua história, o partido dos
ex-presidentes Lula e Dilma somou 7.602.958 votos nos dois turnos da eleição
para prefeito. Quase 70% a menos do que os 24.261.376 obtidos ao final da
disputa de 2012. O desaparecimento desses votos resultou na perda da prefeitura
de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, de capitais importantes e de
grandes cidades em regiões onde a sigla acumulava bons resultados, como o
Nordeste e o ABC Paulista.
O partido despencou do
primeiro lugar em número de votos para a sexta colocação. A queda do PT
coincide com o desgaste provocado pelo agravamento da crise econômica, por
denúncias de corrupção contra lideranças petistas, os desdobramentos da
Operação Lava Jato e o impeachment de Dilma.
Principal adversário do PT
nas últimas duas décadas, o PSDB viu sua votação crescer 11% em quatro anos:
saltou de 19.523.898 para 21.733.680. Vice em 2012, foi a mais votada entre
todas as siglas em 2016. A legenda vai comandar 24% do eleitorado do país, sete
das 26 capitais estaduais, inclusive a paulista, e cidades onde não tinha
tradição, como Porto Alegre e São Bernardo do Campo (SP), onde mora o
ex-presidente Lula.
Embora tenha sido o
partido que mais conquistou prefeituras este ano, a exemplo de 2012, o PMDB, do
presidente Michel Temer, perdeu 1.421.667 votos de uma eleição para outra,
queda de 7,6%. Ainda assim, os peemedebistas passaram do terceiro para o
segundo lugar no ranking de votos conquistados.
Também superaram o PT em
número de votos este ano, somados os dois turnos, o PSB, o PSD e o PDT. Os
pedetistas foram os únicos da base de apoio de Dilma a ver sua votação crescer:
de 7.783.559, há quatro anos, para 8.045.545 agora.
Confira a votação obtida
por cada partido na eleição para prefeito, em 2012 e 2016, ao final dos dois
turnos:
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