Em artigo escrito para a
ONG Transparência Internacional, a economista ucraniana Kateryna Tysbenko,
afirmou que existe uma ligação clara entre o nível de corrupção em um país e
atitude das pessoas em relação ao tema. Isto é, o senso de felicidade está diretamente
relacionado ao comportamento das pessoas quanto à corrupção.
“Se você encolher os ombros e apenas aceitar a corrupção, há pouco a ser feito. A corrupção continuará a ser elevada e você estará infeliz. No entanto, se a corrupção lhe causa raiva e você fizer algo construtivo sobre o assunto, como as leis de acesso e processar os corruptos, haverá menos corrupção, melhores condições econômicas e mais felicidade”, explica.
A mensagem expressada pela
economista é parte de campanhas de publicidade que a organização está
transmitindo na Ucrânia. De acordo com Tysbenko, no país há uma alta tolerância
à corrupção, a liberdade econômica é baixa, muitas pessoas são infelizes e a
corrupção continua a florescer.
A Transparency
International Ucrânia comparou o Índice de Percepção da Corrupção da
Transparência Internacional, que mede os níveis percebidos de corrupção no
setor público em um país, com o Índice de Liberdade Econômica, o Índice Planeta
Feliz e do nível de tolerância da corrupção em dez países europeus .
Os resultados mostraram
que quanto mais tolerante com a corrupção são as pessoas em uma sociedade,
menor a pontuação dos países sobre os índice de percepção de corrupção. “Quando
a tolerância à corrupção aumenta, o nível de liberdade econômica diminui
confirmando que a corrupção prejudica o crescimento e a prosperidade”, explica
a economista.
Além disso, os resultados
ilustram uma ligação entre a intolerância à corrupção e a felicidade: pessoas
de países com uma baixa tolerância à corrupção normalmente consideram-se mais
felizes. “Isso demonstra o quanto é importante para as pessoas parar de tolerar
a corrupção em suas sociedades”, afirma Tysbenko.
As campanhas
De acordo com a economista
ucraniana, os países que têm sucesso na luta contra a corrupção utilizam uma
combinação de legislação, a punição de funcionários corruptos e a intolerância
à corrupção. “Eles entendem que a corrupção prejudica todo mundo e é
inaceitável”, afirma.
Durante os últimos três
anos a Transparency International Ucrânia produziu campanhas de informação
destinadas a mudar a atitude das pessoas com relação à corrupção. Foi realizada
uma pesquisa com mais de 10.000 pessoas e descobriram que 45,5% declararam que
estavam prontos para soprar o apito sobre a corrupção depois de ver nossas
campanhas.
“Este ano começamos uma
campanha chamada “A corrupção deve ser vista”. Embora muitos ucranianos dizem
que são intolerantes com a corrupção, no momento seguinte, eles admitem a pagar
subornos. Nossa campanha é destinada a fazer face a este duplo padrão,
mostrando os efeitos da corrupção. Usamos cartazes, spots de rádio e desenhos
animados”, explica Tysbenko.
Contas Aberta.
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