Em nota distribuída a
imprensa paraibana, o Clube dos Oficiais do Estado da Paraíba, repudiou as
explicações do Secretário de Segurança Pública e do governador Ricardo
Coutinho, para o caso do ataque a agência da Caixa Econômica Federal, instalada
no Bessa.
Confira a íntegra da nota…
“De início convém lembrar
que nos termos do art. 144, caput, da Constituição Federal/88, a segurança
pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos.
Por Estado, leia-se a
União, os Estados e o Distrito Federal e os Municípios. Portanto, sobretudo a
União e os Estados, por disporem de instituições policiais – PF, PRF, PCs e
PMs, estes têm o dever, e não apenas a responsabilidade, de cuidar da segurança
pública.
A crise da segurança
pública no Brasil em geral, e na Paraíba em particular, dispensa comentários.
No entanto, o episódio do ataque a uma agência da Caixa Econômica Federal,
instalada no Bessa Shopping, expôs de forma dramática a vulnerabilidade do
nosso sistema de segurança pública.
Como se não bastasse à
ousadia dos criminosos em plena capital do Estado, onde se concentra a maior
parte do efetivo das polícias estaduais, as explicações ofertadas tanto pelos
gestores da segurança pública, e até pelo próprio Governador, nos deixam em
verdadeiro estado de medo, como intitulou em sua coluna do jornal Correio da
Paraíba, o empresário e ex-senador Roberto Cavalcante.
E assinala o Dr. Roberto
Cavalcante: – Jornal correio da Paraíba – “A verdade é que, a cada declaração a
respeito do reinado do banditismo no Bessa, a emenda foi ficando pior do que o
soneto”.
Diz ainda: “E a
capitulação que veio na sequência foi à pá de cal”.
Diante desse quadro, e é
bom lembrar que o episódio do Bessa não é um fato isolado, somos obrigados a
concluir que a tendência é se agravar. Por quê? Ora, se o principal responsável
pelo comando da segurança pública – que prometeu resolver o problema em seis
meses, e quase seis anos depois afirma que o Estado está cumprindo com o seu
dever, e o que falta é os bancos, as empresas, as pessoas, etc, investirem em
segurança privada, se quiserem garantir a incolumidade do patrimônio e de suas
vidas, o que podemos esperar? E o cidadão que vai ao banco? Que ao
supermercado? E o cidadão no direito e ir e vir?
Para nós que integramos
uma das milícias mais antigas e respeitadas do país, que nunca se acovardou em
nenhum momento da sua história, é uma tristeza o que estamos vivenciando.
Ao povo paraibano
lembramos – não somos covardes; somos homens e mulheres, profissionais
corajosos e dedicados, a exemplo de tantos que tombaram em serviço, porém como
militares somos disciplinados, cumprimos ordens. E infelizmente a ordem parece
ser de recuar.
Talvez, ainda, devemos
lembrar aos paraibanos das péssimas condições em que estamos vivendo hoje. Até
o direito sagrado e legal das nossas promoções está sendo negado, sem falar em
tantas outras promessas, que infelizmente não saíram do discurso repetido de
eleições a eleições.”
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