Não cumprimento da Database pode levar servidores do poder judiciário a uma nova greve.


Vladimir Chaves

Segundo o presidente da Associação dos Técnicos e Analistas Judiciário da Paraíba (ASTAJ-PB), Camilo Sousa Amaral, o presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, Des. Marcos Cavalcante, convocou os diretores da ASTAJ-PB, na tarde de ontem (11), para uma audiência em caráter de urgência para informar que em virtude da “crise financeira” o poder judiciário estaria com dificuldades de honrar o pagamento da Database da categoria prevista para este mês de fevereiro.
“Em síntese o presidente do tribunal de justiça afirmou que não assegurava o pagamento da Datadabase para este mês de fevereiro. Quanto ao pagamento do retroativo, relativo ao mês de janeiro, o presidente informou que não saberia precisar o mês em que esse poderia ocorrer” disse Amaral.

Ainda de acordo com o líder sindical, os representantes da ASTAJ-PB deixaram claro que os servidores não aceitarão qualquer descumprimento da Lei Estadual n. 10.634/2016, que institui o percentual de 10% para a Database.

“Um Peso e Duas Medidas”
Segundo Camilo, o presidente do TJPB tem adotado uma política de arrocho salarial diferenciada entre os servidores e a magistratura, revelando que entre os meses de fevereiro a novembro de 2015 o presidente autorizou pagamentos da Parcela Autônoma de Equivalência (PAE) no valor médio de R$ 447.266,40 em favor dos magistrados ativos e R$ 260.864,50 para os magistrados aposentados. E que em dezembro autorizou, em ambos os casos, que gastos fossem multiplicados por quase cinco, chegando próximo a casa dos dois milhões de reais para cobertura da parcela da PAE dos magistrados ativos e pouco mais de um milhão de reais para cobertura da parcela do mesmo benefício em favor dos magistrados aposentados.

Posição da Entidade
A ASTAJ-PB, ao passo que se posiciona contra a política de arrocho salarial pretendida pelo presidente do TJPB, informou que irá aguardar a divulgação dos contracheques deste mês para convocar assembleia geral das categorias que representa (técnicos, auxiliares e analistas), com o intuito de definir as ações que irá implementar em defesa dos direitos desses.


Até a data da assembleia a entidade realizará reuniões com servidores no maior número possível de comarcas com o objetivo de antecipar o debate sobre o tema.

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