Quando o Ministério da
Saúde decretou situação de emergência sanitária no Brasil, no mês de novembro
de 2015, em virtude do surto dos casos de microcefalia associados ao zika vírus,
o Município de Campina Grande já estava em fase de implantação do ambulatório
especializado em microcefalia do Hospital Municipal Pedro I. A criação do
serviço foi anunciada naquele mesmo mês pelo prefeito Romero Rodrigues, durante
entrevista coletiva. Pouco mais de dois meses após a criação do ambulatório,
Romero voltou a anunciar mais medidas de assistência as famílias dos bebês que
nascem com microcefalia.
O anúncio foi feito
durante uma solenidade na maternidade do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida
- Isea, na última sexta-feira, 12. O prefeito informou que a Secretaria
Municipal de Saúde vai disponibilizar um carro exclusivo para os bebês que são
atendidos no ambulatório do Hospital Pedro I.
O transporte para os pais e as crianças em acompanhamento no serviço de
saúde será disponibilizado já nos próximos dias. Inicialmente, a medida vai
beneficiar as famílias dos cinco bebês de Campina Grande que estão sendo
atendidos no ambulatório.
De acordo com o prefeito,
a disponibilização do transporte para os bebês tem o objetivo evitar que as
famílias possam abandonar o tratamento das crianças por dificuldades para se
deslocar até ao serviço. "Estes bebês estão sendo acompanhados de duas a
três vezes por semana no ambulatório, e a expectativa é que esta rotina de
exames e consultas médicas torne-se mais intensa. Algumas das mães nos
procuraram para relatar a dificuldade para conseguir se deslocar com os filhos até o hospital e,
de pronto, decidimos atender este pedido", explicou.
Desde que começou a
funcionar, o ambulatório já está atendendo
25 bebês com microcefalia de Campina Grande e de outras cidades
paraibanas. Nos próximos dias, mais dez crianças com a malformação devem
começar o acompanhamento médico no serviço. Para o atendimento aos bebês, a
Prefeitura disponibilizou neurologista, fisioterapeuta, oftalmologista e
pediatra. Segundo a Secretaria de Saúde, a equipe deverá ser ampliada ainda
este mês com profissionais de fonoaudiologia, terapia ocupacional e
otorrinolaringologia.
Moradia - Além do
transporte sanitário, o prefeito Romero Rodrigues ainda anunciou que, a partir
de agora, todos os conjuntos habitacionais que forem construídos na cidades
deverão destinar residências para as famílias dos bebês com microcefalia.
"Serão estabelecidos critérios para que as famílias de baixa renda que
estejam enfrentando este problema da microcefalia e que residam em casas
alugadas ou morem de favor com parentes, possam ter garantido o direito à
moradia, sem precisar passar por sorteio", determinou.
Para o prefeito, o acesso à moradia para as famílias dos bebês
com microcefalia, que ainda não possuem residência própria, também vai
contribuir para qualidade do desenvolvimento das crianças. "O
acompanhamento constante da saúde destes bebês vai exigir uma dedicação maior
dos pais e responsáveis. Portanto, não é justo com uma família que terá uma
demanda constante de cuidados e tratamentos especializados com seus filhos
ainda precisem arcar com custo de um aluguel", justificou.
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