A corrupção é o principal
problema do país atualmente na opinião de 34% dos brasileiros, taxa que coloca
o tema pela primeira vez, de forma isolada, no topo dos principais problemas do
país. Nas últimas três consultas sobre o principal problema junto à população,
realizadas em fevereiro, abril e junho deste ano, a corrupção já vinha ganhando
destaque, porém ainda dividia o posto de principal problema nacional com a área
da saúde. Atualmente, a saúde ocupa a segunda posição, citada espontaneamente
por 16%, e em seguida aparecem desemprego (10%), educação (8%), violência e
segurança pública (8%), economia (5%), governantes e política (3%), inflação
(3%), e fome e miséria (2%), entre outros menos citados.
Entre os mais pobres, 25%
veem a corrupção como principal problema e 15% citam o desemprego. Na parcela
dos mais ricos, a corrupção alcança 49%, e o desemprego cai para 4%. Na região
Nordeste, 25% apontam a corrupção como principal problema, e depois aparecem
saúde (15%), violência/segurança pública (13%) e desemprego (12%) No Sul, a
parcela dos que apontam corrupção é a mais alta entre as regiões: 43%.
Ao longo da série
histórica do Datafolha sobre o tema, iniciada em junho de 1996, poucos
problemas chegaram ao patamar de mais citado pelos brasileiros. Por dez anos
entre 1996 e 2006, coube ao desemprego a liderança isolada de área mais
problemática, tendo como ápice dezembro de 1999, quando era citada por 53%. Em
março de 2007, o problema da violência e segurança pública atingiu o topo dessa
agenda, mencionado por 31%, deixando para trás o desemprego (22%). Logo depois,
cresceu a preocupação dos brasileiros com a área da saúde, que em dezembro de
2007 foi citada por 21% como a mais problemática do país, ao lado da violência
e segurança pública (21%) e do desemprego (21%). Desde então, com exceção de
março de 2009, quando desemprego e saúde apareciam no mesmo patamar, a área da
saúde vinha sendo apontada isoladamente como a mais problemática do Brasil.
O levantamento foi entre
os dias 25 e 26 de novembro de 2015, foram realizadas 3.541 entrevistas em 185
municípios brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais
para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%
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