No dia da “visita” da
presidente Dilma Rousseff (PT) a cidade de Campina Grande, o Açude de Boqueirão
registrava apenas 16,2% de sua capacidade total. Esperava-se que a crise hídrica
fosse a principal pauta da agenda da presidente, no entanto, a ameaça real de
um colapso no açude responsável por atender a uma população superior a um
milhão de habitantes, foi simplesmente secundarizada.
Numa demonstração cabal de
que a crise hídrica da região não faz parte do script da equipe de marqueteiros
da presidente, que busca desesperadamente resgatar a imagem do governo, Dilma,
teve apenas que improvisar em seu discurso a promessa de perfuração de poços
“ultraprofundos” como medida emergencial para grave crise que afeta os 400 mil
habitantes de Campina Grande.
Na sequencia reeditou as
promessas que vem sendo feita pelo governo petista nos últimos 10 anos, de que
irá concluir as obras de transposição das águas do Rio São Francisco. Ignorando
por completo a pior seca dos últimos 50 anos, e num verdadeiro acinte aos campinenses,
a presidente prometeu para meados de 2017, a chegada das águas do São
Francisco.
Subestimando a
inteligência dos paraibanos, a presidente concluiu seu discurso, afirmando que
somos um povo forte capaz de continuar suportando as agruras causadas pela
seca, finalizando com uma de suas “perolas” de que se os países do norte podem
suportar o frio, nós podemos suportar a seca. E acreditem! Alguns aplaudiram a
perola que transcrevo abaixo.
“O Nordeste é feito de
pessoas fortes, podem sim conviver com a seca, porque vocês pensem comigo, lá
nos países do norte eles convivem com a neve, a neve acaba com tudo, destrói
todas as plantações e você tem que guardar os bichos, porque senão eles morrem
de frio. Ora! se eles podem conviver com o inverno, nós podemos conviver com a
seca” disse a presidente.
(Vladimir Chaves)
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