Servidores da justiça protestam contra a tentativa de terceirização dos serviços fins pelo TJPB


Vladimir Chaves

Servidores do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba prometem uma grande mobilização nesta quarta-feira (22), contra o anteprojeto de lei que autoriza a contratação de funcionários temporários para atividades fins do poder judiciário. O anteprojeto é de autoria do presidente da Corte Estadual, Desembargador Marcos Cavalcanti.

Os servidores representados pelo Sindicato dos Oficiais de Justiça da Paraíba (SINDOJUS) e Associação dos Técnicos, Auxiliares e Analista Judiciários (ASTAJ), estranham que o TJPB queira adotar a terceirização de serviços fins, quando o Pleno ao longo dos anos tem julgado irregular tal pratica adota por prefeituras. De acordo com o SINOJUS e ASTAJ, o projeto do TJPB é ilegal e atenta contra a Constituição, além de abrir um precedente perigoso que pode induzir os prefeitos a não realizarem concurso público.

Confira nota divulgada pelo presidente da ASTAJ-PB

A pauta da sessão administrativa da próxima sessão administrativa já está disponibilizada no site do Tribunal de Justiça da Paraíba e traz, em seu item número 4, a confirmação da apreciação da matéria.

Diante do exposto a ASTAJ-PB convoca os servidores para participarem da referida sessão do Pleno para, a partir das 14:00 horas, manifestarem suas opiniões contrárias a aprovação da matéria.

A ASTAJ-PB entende que o anteprojeto de lei é altamente prejudicial aos servidores, a própria justiça estadual e a sociedade em geral, pois:

Atenta contra o instituto do concurso público, meio assegurado pela Constituição Federal para “ingresso pela porta da frente” no serviço público;

Enquanto resultado prático vai trazer maior precarização na justiça estadual com consequente baixa de qualidade dos serviços prestados a sociedade e por se tratar de uma clara tentativa de pressão política contra os servidores quando esses partirem para atividades de paralisações e/ou greve em defesa de seus direitos e interesses.

Em síntese o presidente do TJPB, de maneira camuflada, pretende implantar a terceirização do trabalho na justiça estadual, com a forte tendência de, a médio e longo prazo, serem os contratados utilizados para substituir os servidores efetivos, como forma de diminuir os custos com pessoal e destinar a sobra desses recursos para o atendimento de interesses diversos aos dos servidores.

A entidade considera que o momento exige de todos nós a tomada de posição firme na defesa dos nossos empregos.

No dia 22 de julho, diante de todos os membros da Corte Estadual, vamos juntos dizer um grandíssimo NÃO a contratação de temporários.

Camilo de Sousa Amaral

Presidente da ASTAJ-PB

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