Vereadores e deputados criticam mandato tampão na reforma política


Vladimir Chaves

Vereadores e deputados da Comissão Especial da Reforma Política foram unânimes em criticar o mandato tampão para prefeitos e vereadores a serem eleitos em 2016, como forma de estabelecer a coincidência eleitoral ainda em 2 018.

Eles participaram da Terceira Mobilização Nacional de Vereadores, que prossegue até quinta-feira (7) no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados. Os parlamentares estão discutindo os principais pontos em negociação e que devem ser votados na comissão ainda neste mês.

O deputado Domingos Sávio (PSDB), assinalou que “a gente não está só para votar, mas para não deixar que votem descalabros. É inaceitável que nossos vereadores sejam surpreendidos com algo novo em eleições que eles vão disputar. Seria um desastre inaceitável”.

Na opinião do parlamentar, a coincidência do calendário nos três níveis – municipal, estadual e federal – só será possível com um mandato de seis anos para os próximos vereadores e prefeitos com os calendários eleitorais coincidindo em 2 022.

Integrante da comissão, o deputado Rubens Otoni (PT) afirmou que não existe amparo legal para a prorrogação dos atuais mandatos, como querem alguns, e ganha força na comissão a coincidência de mandatos, mas a partir de 2 022. “Se esta tese vencer – opinou – acho que há grande possibilidade de cair a reeleição estabelecendo-se o mandato de cinco anos, até para senador”.

Para o deputado Afonso Hamm (PP), o ponto determinante da reforma será a coincidência de mandato com cinco anos sem reeleição. Na opinião do deputado, com um calendário de eleições a cada cinco anos, será possível melhorar o planejamento das administrações nos três níveis, direcionar melhor o financiamento público de campanha, e criar um fundo específico para isto.

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