O presidente interino do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, recebeu as esposas
dos líderes de oposição na Venezuela que foram presos após se manifestarem
contra o governo de Nicolás Maduro. O grupo está no Brasil em busca de
solidariedade e apoio para o restabelecimento da democracia naquele país. A
reunião contou com a participação do deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) e
do ex-embaixador da Venezuela no Brasil Milos Alcalay.
Lilian Tintori, mulher de
Leolpodo López, preso político há um ano e três meses, disse que a Venezuela
“grita por justiça e liberdade”. Segundo ela, os poderes públicos estão sem
autonomia e hoje há 89 presos políticos no país. “Esperamos que liberem os
políticos presos injustamente. E por isso saímos do nosso país para pedir
solidariedade, porque juntos conseguiremos levantar, em uma só voz, a bandeira
da democracia e dos direitos humanos”.
Para Lilian, os venezuelanos
vivem uma crise humanitária e é preciso prevenir essa situação. “Queremos as
eleições parlamentares no país este ano porque estamos convencidos que a saída
do desastre venezuelano deve ser constitucional, pacífica e democrática”,
enfatizou.
A mãe de Geraldine Moreno,
assassinada no ano passado por suposta ação de integrantes da Guarda Nacional
Venezuelana, também pediu justiça. “A comissão da Guarda Nacional chegou
atirando e Geraldine foi atingida e morta. Ela estava se manifestando com um
apito e uma bandeira. Nós queremos que o Brasil nos ajude com a situação na
Venezuela”, disse Rosa Orozco.
Após ouvir o relato das
esposas e mães da Venezuela, o ministro Gilmar Mendes expressou solidariedade a
todos que buscam a democracia e afirmou estar disposto a cooperar nessa
transição de regime. “Fazemos votos que consigam reencontrar o caminho da
democracia. Esperamos poder colaborar. Não se trata de um tema interno do país,
a cláusula democrática do Mercosul inclui a todos”, ressaltou.
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