A decisão sobre uma audiência
aberta ou secreta é a grande expectativa em relação ao depoimento do ex-diretor
da Paulo Roberto Costa à CPI Mista da Petrobras nesta quarta-feira (17). A
previsão do presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), é de que a
reunião comece sem restrições, mas sujeita a se tornar fechada, a pedido dos
parlamentares, se isso for condição para Costa contar mais detalhes do esquema
investigado pela Polícia Federal.
A Polícia Federal será responsável em conduzir Paulo Roberto Costa de Curitiba (PR), onde está sob custódia, até o Senado. Às 14h30, segundo o presidente, a PF apresentará o depoente perante a CPI, sem algemas. Em seguida, Vital dará início à reunião. A Polícia do Senado vai auxiliar na segurança da reunião.
Direito ao silêncio
Na audiência, Paulo Roberto
Costa pode decidir permanecer calado e não responder às perguntas de deputados
e senadores, por ter direito a não se incriminar e também porque revelações
poderão afetar seu acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Ao concordarem com a realização
do depoimento, tanto o ministro do STF Teori Zavascki quando o juiz da 13ª Vara
Federal de Curitiba, Sergio Moro, responsável pelos processos oriundos da
Operação Lava Jato, ressaltaram a necessidade de se respeitar o direito de
Costa ao silêncio.
“É um direito que assiste
a ele. Vamos tentar ao máximo que ele colabore. Estaremos com todas as
condições necessárias para que ele possa falar e colaborar com a CPI, como vem
fazendo com a Justiça” reiterou Vital.