As Unidades Básicas de
Saúde (UBS) e de Pronto Atendimento (UPA) são as bases das obras previstas pelo
PAC 2 para a saúde. A previsão era de que 15.590 unidades fossem construídas
por meio da segunda etapa do programa. Porém, apenas 13,3% dos empreendimentos
ficaram prontos. Ou seja, praticamente uma em cada 10 obras foram efetivamente
concluídas.
Os dados foram levantados
pela ONG Contas Abertas no último Balanço do PAC 2 e englobam o que foi
realizado entre janeiro de 2011 e abril de 2014. A segunda etapa do programa
vai ser finalizada em dezembro deste ano.
Do total, 6.518 obras
estão no papel, ou seja, “em ação preparatória” ou “em licitação de obras”.
Aquela quer dizer que o empreendimento contratado está em fase de preparação
para iniciar a licitação, já esta que a obra pode até estar com a licitação
concluída, mas sem ordem de serviço. Outras 6.992 estão em obras, isto é, com
ordem de início autorizada ou obra já iniciada.
A maior parcela das obras
é para construção de UBS: 15.095, das quais 2.057 estão concluídas. Outras
4.284 estão em ação preparatória, 1.940 em licitação e 6.814 em obras. Os
investimentos autorizados para essas obras são de R$ 3,8 bilhões e contemplam
4.225 municípios brasileiros.
As unidades são locais
onde a população pode receber atendimentos básicos e gratuitos em Pediatria,
Ginecologia, Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia. Os principais serviços
oferecidos pelas UBS são consultas médicas, inalações, injeções, curativos,
vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico,
encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica.
As UBS representam quase 50% do total de obras previstas no eixo “Comunidade Cidadã”, que também realiza investimentos em outras áreas sociais, como educação, esporte, cultura, e lazer. De acordo com o governo federal, a intenção é garantir mais qualidade e vida à população dos centros urbanos.
O PAC 2 também previa a
entrega de 495 UPAS. No entanto, até abril, somente 23 unidades desse tipo
foram concluídas. A maioria das obras ainda está no papel: 176 em ação
preparatória e 118 em licitação de obras. Outras 178 unidades já estão em obras
ou com o serviço autorizado.
De acordo o último
balanço, R$ 1 bilhão era a previsão de investimentos nos quatro anos de duração
do programa. “Foram contratadas 495 unidades, que terão capacidade mensal de
até 3,1 milhões de atendimentos”.