A candidata à Presidência
da República pela Coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva, afirmou na noite
ontem (27), ao Jornal das Dez (canal GloboNews) que, caso seja eleita, pretende
governar com os melhores, “com quem a sociedade determinar”. Entrevistada pela
editora de Política, Renata Lo Prete, destacou que “há pessoas boas em todos os
partidos, mas que sempre ficam no banco de reservas. No entanto, quando se faz
necessário, elas aparecem”.
Afirmou que o PT e o PSDB
têm se mostrado reféns da velha política e que é fundamental romper com essa
dinâmica a fim de unir a sociedade brasileira: “Não é possível continuar com
essa lógica de dividir o país. O mundo está mudando e, quando as pessoas foram
para as ruas nos protestos de 2013, os recados foram: parem com essa briga do
poder pelo poder. Queremos uma agenda para todos.”
Perguntada sobre a
intenção de garantir a autonomia do Banco Central como uma das medidas
necessárias para reequilibrar a economia do Brasil, a candidata reafirmou que
esse era um sinal forte que Eduardo Campos e ela entenderam ser importante
emitir: “A institucionalização dessa medida seria feita de acordo com os
estudos de vários modelos que estamos realizando.”
Ao ser questionada sobre a
propriedade do avião utilizado por Eduardo Campos no acidente aéreo que vitimou
o então candidato e mais seis pessoas, em 13 de agosto, Marina reiterou a
necessidade de buscar a verdade. “Essa questão é prioritária e somos a favor
das investigações em andamento. Eu quero todas as questões esclarecidas”,
afirmou.
Saúde e energia elétrica
obtida a partir de matriz limpa e sustentável ou por meio de usinas hidrelétricas cujos
projetos comprovem a viabilidade econômica, social e ambiental – foram outros
temas presentes na entrevista. “As pessoas devem ser tratadas e cuidadas com
dignidade no momento em que mais precisam. Existem meios para viabilizar a
destinação de 10% do orçamento bruto para a saúde”, disse.