Das 24.633
candidaturas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 10.507
candidatos declaram não possuir bens. Embora 60% do grupo só tenham estudado,
no máximo, até o Ensino Médio, 4.217 concorrentes que afirmaram não ter posses,
cursam/cursaram ou já concluíram o Ensino Superior.
Entre os representantes da
classe empresarial, por exemplo, 723 candidatos não declararam bens. Há ainda
médicos, advogados, policiais civis, psicólogos, engenheiros e diretores de
empresas que afirmaram não possuir carro, casa, dinheiro no banco ou qualquer
outra posse em nome deles.
Ainda em relação ao grau
de escolaridade, 168 dos candidatos sem bens apenas leem e escrevem. Outros
1.036 cursaram apenas o Ensino Fundamental e 479 sequer concluíram esse grau.
Começaram o Ensino Médio de forma incompleta, 467 candidatos. Se formaram no
antigo 2° grau, 4.140 concorrentes.
Embora as mulheres representem apenas 30% do total de candidatos às eleições, o percentual chega aos 44% entre os concorrentes sem posses. Dos 10.507 “desapropriados”, 4.641 são mulheres e 5.866 são homens.
Ao contrário do esperado,
apenas 12% dos candidatos que afirmaram não possuir bens têm menos de 30 anos
de idade. A grande maioria (5.969) tem entre 31 e 50 anos de idade e 3.248
aspirantes possuem mais de 50. Quanto à cor/raça dos candidatos sem posses,
4.821 afirmaram ser brancos, 4.359 pardos, 1.234 negros, 53 amarelos e 40
indígenas.
A maior concentração dos “sem bens” encontra-se no estado do Rio de Janeiro (1.590), seguido por São Paulo (1.178) e por Minas Gerais (833). O estado de Tocantins, por outro lado, possui apenas 60 concorrentes sem posses.
A declaração de bens
assinada pelo candidato é um procedimento obrigatório durante a fase de
registro da candidatura. Mesmo se ela conter a indicação de valores dos bens
abaixo do fixado no mercado ou ter omissão de relação patrimonial, o fato não
configura motivo suficiente para se negar o registro de candidatura.
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