Desemprego e a inadimplência crescem no Brasil


Vladimir Chaves

A taxa de desemprego medida pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu em três das quatro regiões metropolitanas analisadas, na passagem de junho para julho. No Recife, a taxa subiu de 6,2% em junho para 6,6% em julho, de acordo com dados divulgados pelo IBGE. Mais duas capitais com aumento da taxa de desemprego foram o Rio de Janeiro (cujo índice subiu de 3,2% para 3,6%) e Belo Horizonte (que passou de 3,9% para 4,1%). Apenas a região metropolitana de São Paulo teve queda na taxa, ao passar de 5,1% para 4,9%.

Inadimplência

Além do desemprego, dívidas. O número de inadimplentes atingiu o recorde de 57 milhões de brasileiros, este ano, de acordo com levantamento da Serasa Experian. O total de consumidores com dívidas em atraso é maior do que o verificado em agosto de 2013, quando foram registrados 55 milhões. No mesmo mês de 2012, 52 milhões de pessoas estavam nessa situação. O estudo também mostra que 60% dos inadimplentes têm contas mensais a pagar que custam acima de 100% de sua renda mensal. Além disso, 53% dos endividados acumulam até duas dívidas não honradas.

De acordo com os especialistas da Serasa Experian, o aumento do número de inadimplentes deve-se ao crescente endividamento das famílias e ao descontrole do consumidor ao assumir novos financiamentos, sem considerar as contas fixas mensais e outras dívidas já contraídas. Parcelamento de compras com juros altos, como de imóveis e carros, e as altas taxas cobradas pelo uso do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito, também comprometem o orçamento e contribuem para a inadimplência, observa a entidade.