O deputado estadual Frei
Anastácio, líder do PT na Assembleia Legislativa, disse que ficou surpreso com
as declarações do presidente estadual do PT, Charlinton Machado, de que ele
seria julgado por não apoiar a aliança com PSB. Frei Anastácio ressaltou que já
foi perseguido por latifundiários, capangas, mas nunca esperou que fosse
receber perseguição do partido que ele ajudou a construir na Paraíba. “Até o
nosso programa foi cortado do guia eleitoral”, lamenta o deputado.
“Estou apenas seguindo as
orientações nacionais do meu partido, que determinou aliança com o PMDB. Mesmo
assim, o assunto ainda não teve um ponto final na justiça. Terá um ponto final
sim, em Brasília. Não entendo o fato de terem cerceado o meu direito de aparecer
no guia eleitoral do rádio e da TV, alegando que meu programa chegou com
atraso”, desabafou o deputado acrescentando que não recebeu nenhuma orientação
sobre até que hora poderia entregar as mídias do programa na produtora da
coligação.
“Hoje, ficamos atônitos
pelo fato da ausência de nossa participação no guia eleitoral, pelo fato de
termos gravado o programa numa produtora independente, sem a inserção do número
40. Iremos recorrendo na justiça o direito de participar democraticamente do
guia eleitoral, no rádio e na TV, sem o número 40”, disse o deputado.
O deputado disse que quem
deveria entrar em julgamento seria a direção estadual do PT, que está
desobedecendo às determinações nacionais do partido, em nome de projetos
pessoais e de grupos. “Estou com minha consciência limpa e continuarei seguindo
a coerência e o trabalho”, disse o deputado.