Gráfico: Ambientalista Ramiro Pinto. |
No Brasil tudo o que está
ruim pode ficar ainda pior, tamanho é o descaso, a irresponsabilidade e a falta
de planejamento de muitos órgãos governamentais. Um exemplo desse descaso
enfrenta a cidade de São Paulo e cidades vizinhas, que estão na iminência de
verem secar a ultima gota de água do Sistema Cantareira, administrado pela Sabesp
(Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) que por falta de
planejamento e politicas preventivas hoje obriga a população a consumir água do
Volume Morto do manancial.
Ignorando o exemplo de São
Paulo, na Paraíba repetem os erros pondo em risco cerca de UM MILHÃO de
pessoas. É o caso das 23 cidades paraibanas que dependem do Açude Epitácio
Pessoa (Açude de Boqueirão), entre estas a segunda maior cidade do Estado,
Campina Grande. Quando se pensava que o governo fosse adotar politicas
preventivas e de conscientização para retardar ao máximo o iminente colapso do açude,
eis que a AESA, órgão responsável pelo monitoramento do açude, divulga uma “informação”
que cria a falsa sensação que tudo está normal e que o Açude de Boqueirão, tem
condições de continuar abastecendo essas cidades até setembro de 2015.
Os dados da própria Agencia
Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), mostram que o “Açude
de Boqueirão” está com pouco mais que 29% da sua capacidade total, isso
representa pouco mais de 14% de água para consumo humano, já que outros 16%
fazem parte do Volume Morto (água que fica abaixo da linha de captação e de
baixa qualidade).
Gráfico da variação do volume no mês de julho