O Promotor da Infância e
da Juventude da cidade de Bayeux, Marinho Mendes Machado, publicou um artigo em
que faz um apelo dramático ao prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT). “Senhor
Prefeito, seja piedoso, pelo amor de Deus, pare com essas festas.” Desabafa o
promotor contra a principal marca da gestão petista.
No artigo, o promotor relata o desespero de pais de adolescentes entre 12 e 14 anos, que são atraídos pelas festas promovidas pela Prefeitura de João Pessoa, e que terminam por ingressarem no mundo das drogas e da prostituição.
No artigo, o promotor relata o desespero de pais de adolescentes entre 12 e 14 anos, que são atraídos pelas festas promovidas pela Prefeitura de João Pessoa, e que terminam por ingressarem no mundo das drogas e da prostituição.
O Promotor condena ainda o
absurdo desperdício do dinheiro público com festas, em detrimento as reais necessidades
da população carente. “Quanto dinheiro que poderia abrir oportunidades, criar
possibilidades de resgates, de acesso, tornar sonhos acalentados pelos
necessitados realidade. Pasmem! gera efeito contrário, pois auxilia essa
juventude a cada dia, ébria pelo ópio da sua propaganda e sem visibilidade do
veneno que o senhor a oferece, eufórica, se entrega aos prazeres sexuais
precoces, às drogas, causando estragos indeléveis em suas vidas e no seio das
suas famílias esfaceladas...” desabafou o promotor.
Confira a integra do artigo
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Senhor Prefeito, seja
piedoso, pelo amor de Deus, pare com essas festas
Prefeito Luciano Cartaxo,
nunca lhe pedi nada, nem o conheço pessoalmente, nunca o vi, mas ouso lhe
encaminhar da forma mais humilde, com a alma tocada de tristeza e com o mais
agudo desalento (acreditava muito na sua sensibilidade e benevolência, mas não fio
mais), a mais comedida e despretensiosa súplica: Pelo amor de Deus, pare com
essas festas!
Sr. Alcaide, sou Promotor
da Infância e da Juventude na cidade de Bayeux,talvez Vossa Excelência não
saiba, mas sou. Quiça esse Burgomestre não tenha ciência, que lá na minha sala,
passam dezenas de mães desesperadas, de pais enlouquecidos, com olhares
perdidos, desorientados, com a auto-estima destruída, desesperançados, uma vez
que filhas e filhos adolescentes, entre os 12 e 14 anos, simplesmente amanhecem
o dia nessas suas folganças e outras simplesmente desaparecem, são aliciadas
para motéis, arranjam colegas nessas festas e ficam com homens novos e velhos e
outras se encharcam de drogas de todos os naipes, mas o Senhor não tá nem aí e
eu que pensava na sua benignidade, tô um fosso de desapontamento.
A mídia noticiou, que
somente nos primeiros 50 dias do seu mandato, o erário pessoense atirou no lixo
(penso desta forma), a estonteante quantia de R$ 1.057.244 e que esse Cacutu
desembolsou do dinheiro desse povo pobre e carente, mais de meio milhão de
reais para duas bandas de nomes estrambóticos, Natirus e Sambô. Aqui prá nós:
se esse dinheiro fosse seu, você contrataria por esse valor esses conjuntos
musicais? É óbvio que o senhor balançaria a cabeça negativamente.
Caro Administrante, suas
festas estão matando sonhos de famílias simples, uma mãe modesta ao extremo,
teve sua filha de 13 anos atraída por um morador de bairro nobre e lá na sua
casa, deflorou a quase criança. Ambas estão com impiedosa depressão. Mas o
estupro descarado não foi com ninguém próximo, importante! Enquanto estupros
coletivos são praticados nas augustas areias, aí onde o superintende máximo
adora gastar os recursos que mataria fome, sede e exterminaria vergonhas, isto
sem dó e sem compaixão, afinal, não são seus mesmo. Ao tempo que outras
mancebas passam dias fora de casa, outras trazem “amigas” para suas casas ao
alvedrio dos pais, todas vítimas dos seus festejos (hoje tive que retirar duas
de Bayeux e solicitar ao Conselho tutelar que fosse deixá-las em seus
aconchegos, onde encontraram mães com as mãos na cabeça) e daí minha meu
pirronismo nesse gestor.
A imprensa do nosso
sublime torrão nada notícia de políticas públicas para crianças e adolescentes.
Quanto dinheiro que poderia abrir oportunidades, criar possibilidades de
resgates, de acesso, tornar sonhos acalentados pelos necessitados realidade.
Pasmem! gera efeito contrário, pois auxilia essa juventude a cada dia, ébria
pelo ópio da sua propaganda e sem visibilidade do veneno que o senhor a
oferece, eufórica, se entrega aos prazeres sexuais precoces, às drogas,
causando estragos indeléveis em suas vidas e no seio das suas famílias
esfaceladas, já que os reflexos dos seus folguedos, repercutem no interior
desses lares, cujas faíscas vão afundando-os a cada dia.
Atenda minha simplória
petição clamorosa! Rogo! pare com essas festas terrivelmente danosas à
construção de uma mocidade sadia, e com essas fortunas, crie eventos educativos
por meses a fio para esse público, construa centros da juventude, edifique
escolas profissionalizantes de ponta em cada bairro populoso, para atender
regiões carentes da comuna, funde a universidade municipal para a pobreza,
também eleve com esmero e amor centros de tratamento de dependentes químicos,
casas de acolhimento e de passagem para situações extraordinárias de abandono,
riscos e vulnerabilidades, forneça transportes de qualidade grátis para
participação em eventos culturais, educacionais, de construção de identidade,
invente, planeje, projete. Fazer festas qualquer pródigo fanfarrão e
exibicionista sabe fazer, notadamente quando o dinheiro não é dele.
Imploro! Pare com essas
festas! já que elas estão condenando milhares de crianças e adolescentes à
desonra, à ignomínia, à infâmia do atraso, do sepultamento de sonhos. Não é
sensacionalismo, lhe convido para passar um dia no meu gabinete e verás a
violência que são suas farras, pagas com os impostos que deviam servir à esse
povo que o comedido e discreto mandatário jurou publicamente tirar das trevas da
ignorância e da lama da miséria.
Venha conhecer os
adolescentes sem nada, daqui de Bayeux e daí de Jampa, do Valentina, dos
Cangotes, dos Rabos das Bestas, das Curvas dos “SS”, das vergonhosas
cracolândias bem pertinho do Paço onde o gerente público tem pomposo gabinete,
aí bem no coração da cidade de Nossa Senhora das Neves, e nas suas belas praias
e sem dúvida, o maioral da administração pessoense se convencerá e cabisbaixo,
vencido pelo pudor de nada ter feito por esse segmento, exclamará: “Marinho, você
tem razão, quem quiser festa que pague, pois honra, caráter, honestidade,
também passa por não se locupletar de divertimentos bancados com o dinheiro da
massa famélica e ávida de instrução, e dirá ainda mais: Marinho, onde eu estava
que não vislumbrei essas crianças e adolescentes desvalidos, que perdi um ano e
nada fiz, nada gerei em seu favor e meus auxiliares também só viram sombras,
trevas, não tiveram olhos para vê-los, e então acolherá o meu grito
desesperado, mandando parar os descabidos saraus, antes que o descrédito seja
geral e mais, dentro da minha reduzida esfera de atribuições, irei
responsabilizar sua administração pelos danos irreparáveis causados a esses
infantes e às suas famílias dignas dos seus olhares.
Marinho Mendes Machado
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