No país do futebol, da dança do
quadradinho e onde politico analfabeto é chamado de doutor, a lei que serve pra
“tu”, não serve pra “eles”. Na terrinha do gigante que dorme às vezes a lei se
torna cega, surda, muda e doida...
Na terrinha em que politico analfabeto é chamado de doutor, empresa de TRANSPORTE COLETIVO PARTICULAR que cobra da população preços extorsivos em troca de serviços de péssima qualidade, é ironicamente chamada de EMPRESA DE TRANSPORTE PÚBLICO.
Na terrinha em que muitos incentivam
crianças e adolescentes a dançarem o quadradinho, é infração grave o cidadão deslocar-se
em seu automóvel sem o cinto de segurança, mas é permitido aos empresários de
TRANSPORTE PARTICULAR conduzir seus “clientes” sem cinto de segurança e até
mesmo em pé.
Na terrinha do futebol, empresários
que vendem serviços no setor de transporte de passageiros, debocham dos usuários
com peças publicitárias nos meios de comunicações e em áreas publicas afirmando
que andar de ônibus é seguro e confortável, mas que andar de alternativo, mesmo
utilizando cintos e estando sentando é inseguro e ilegal.
Na terrinha onde politico analfabeto é chamado de doutor, o cidadão cumpridor de suas obrigações, não pode dirigir enquanto atende o celular, pois se o fizer estará sujeito a pesadas multas, mas o motorista do TRANSPORTE COLETIVO PARTICULAR, ironicamente chamado de TRANSPORTE PÚBLICO pode dirigir e ao mesmo tempo receber e passar o troco do valor cobrado pela tarifa.
No país do futebol, da dança do quadradinho e onde politico
analfabeto é chamado de doutor, a
Constituição Federal muitas das vezes não passa de um monte de letrinhas em que
o direito que serve pra “tu”, não serve pra “eles”
Diz a Constituição do país onde gigante dorme que o transporte coletivo é um serviço público essencial ao cidadão brasileiro e que deve ser organizado e prestado pelo poder público de forma a assegurar a satisfação do cidadão. No entanto, estados e municípios delegam essas obrigações a empresários sedentos de lucros e sem compromisso algum com o interesse social, permitindo que a concessão de um serviço público essencial, se torne uma concessão de afrontas à lei e a Constituição, afinal a lei que serve pra “tu” não serve pra “eles”.
Vladimir Chaves
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