Brasil, um país estagnado: Em 12 Estados, há mais pessoas recebendo Bolsa Família do que trabalhando com carteira assinada


Vladimir Chaves


Alarmantes os dados trazidos a público pelo IBGE, segundo o órgão, em 12 estados brasileiros, o número de pessoas que recebem o Bolsa Família supera o de trabalhadores com carteira assinada. Esse fenômeno reflete uma combinação de fatores econômicos, sociais e estruturais que afetam principalmente as regiões menos desenvolvidas como, Norte e Nordeste do país.

Estados com mais beneficiários do que trabalhadores formais

Segundo dados do IBGE de abril de 2022, os estados onde o número de beneficiários do Bolsa Família superava o de trabalhadores com carteira assinada eram: Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Tocantins.

Esse cenário é resultado de uma combinação de fatores, incluindo altos índices de informalidade no mercado de trabalho, baixos níveis de escolaridade, falta de infraestrutura e desigualdades regionais. Em estados como Maranhão, Pará e Piauí, mais de 60% dos trabalhadores estão na informalidade, o que limita o acesso a empregos formais e contribui para a dependência de programas assistenciais.

Impactos sociais e econômicos

A alta dependência do Bolsa Família em relação ao trabalho formal tem implicações significativas para o desenvolvimento social e econômico dessas regiões. Embora o programa desempenhe um papel crucial na redução da pobreza e na melhoria das condições de vida de milhões de brasileiros, ele também evidencia a necessidade urgente de políticas públicas que promovam a inclusão produtiva, a qualificação profissional e a geração de empregos formais.


terça-feira, 10 de junho de 2025

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Censo 2022: número de católicos diminui, enquanto evangélicos aumenta


Vladimir Chaves


No Brasil, mais de 60% dos moradores da Região Nordeste e do Sul são adeptos do catolicismo. Apesar do quantitativo, de 2010 a 2022, houve uma redução no número de católicos no país – caindo de 65,1% para 56,7% em 2022. Em contrapartida, houve um aumento na proporção de evangélicos, passando de 21,6% em 2010 para 26,9% em 2022. Entre as regiões, os evangélicos estavam em maior número no Norte e no Centro-Oeste. Os dados são do Censo Demográfico de 2022, Religiões: Resultados preliminares da amostra, do IBGE.

Os resultados apontam, ainda, que os praticantes de umbanda e candomblé – de 0,3 % em 2010 para 1,0%, em 2022. Outro crescimento foi registrado em outras religiosidades, de 2,7% para 4,0%. Além disso, foi observado um declínio na religião espírita, que caiu de 2,2% para 1,8%. Já as religiosidades de tradições indígenas representaram 0,1% das declarações.

Percentuais por região do Brasil

Apesar da redução de católicos no país entre 2010 e 2022, naquele ano o catolicismo liderou em todas as grandes regiões do Brasil – com maior concentração no Nordeste, com 63,9%, e no Sul, sendo 62,4% da população católica. A menor proporção de católicos foi notada na Região Norte, 50,5%.

Por outro lado, os evangélicos estavam em maior proporção no Norte, sendo 36,8%, e no Centro-Oeste, com 31,4%. O menor percentual foi identificado no Nordeste, de 22,5%.

Na Região Sudeste, o destaque vai para aqueles que se declararam espíritas (2,7%). Além disso, os umbandistas e candomblecistas estavam mais presentes no Sul (1,6%) e no Sudeste (1,4%). O Sudeste também reunia, em 2022, a maior quantidade de pessoas sem religião, totalizando 10,5% – a única com proporção acima da média do país, representando 7,9 milhões de pessoas. Nesse aspecto, a menor proporção estava na Região Sul, com 7,1%.

Religião nos estados brasileiros

Os membros da Igreja Católica Apostólica Romana também lideram em relação ao montante de adeptos nas unidades da federação. Das 27 UFs, 13 possuem proporção de católicos apostólicos romanos superior à média nacional, de 56,7%, na população com 10 anos ou mais de idade.

O Piauí registrou a maior proporção registrada no país, com 77,4% da população católica. O estado também tem o menor percentual de evangélicos (15,6%).

Conforme o Censo 2022, as menores proporções de católicos apostólicos romanos foram encontradas em Roraima, com 37,9%, Rio de Janeiro e Acre,38,9%.

Já em relação aos evangélicos, a maior proporção foi identificada no Acre, sendo 44,4% da população – e a menor no Piauí, com 15,6%.

O Rio de Janeiro tinha, portanto, o maior quantitativo proporcional de espíritas (3,5%). Por sua vez, a maior proporção de praticantes de Umbanda e Candomblé foi encontrada no Rio Grande do Sul (3,2%).

Quanto à população sem religião entre as unidades da federação, Roraima e Rio de Janeiro tiveram a maior proporção de pessoas sem religião, sendo 16,9%, além de outras religiosidades, com 7,8%, e de adeptos de tradições indígenas, totalizando 1,7%. Na outra ponta, as menores proporções foram identificadas no Piauí (4,3%), Ceará (5,3%) e Minas Gerais (5,7%).

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O naufrágio do Brasil: Rombo nas contas públicas já ultrapassa R$ 500 bilhões em 2025


Vladimir Chaves


Até o dia 6 de junho, dados de fontes oficiais indicam que o governo Lula III arrecadou pouco mais de R$ 1,7 trilhão, mas já gastou R$ 2,2 trilhões — revelando um déficit primário de cerca de R$ 500 bilhões em 2025.

De forma simples, déficit primário é quando o governo gasta mais do que arrecada, desconsiderando os juros da dívida pública. Ou seja, quando subtraímos das receitas (impostos, taxas, etc.) as despesas (salários, saúde, educação, obras etc.), o saldo pode ser positivo ou negativo. Quando está no vermelho, temos um déficit primário.

Esse indicador serve como termômetro para medir a saúde fiscal do país, ao mostrar se o governo consegue se manter com o que arrecada antes de quitar os juros da dívida pública. Caso a resposta seja negativa, o sinal é de desequilíbrio nas contas.

Hoje, o cidadão já pode acompanhar esse cenário por meio de duas ferramentas online: o tradicional Impostômetro — que acaba de completar 20 anos — e a recém-lançada plataforma Gasto Brasil, desenvolvida pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) em parceria com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Para Estevan Luiz Muskat, diretor jurídico da Associação Comercial e Industrial de São Carlos (SP), esse tipo de transparência é essencial não só para o cidadão, mas também para o setor produtivo: “Quando falamos em gasto e receitas, falamos em déficit primário. O déficit primário é fundamental para a tomada de decisões dentro de qualquer tipo de negócio, o agronegócio, a indústria, o comércio. A importância dessa transparência, que evidentemente nós já sabemos, por que esse déficit é sempre anunciado.”

Gasto Brasil: ferramenta de cidadania fiscal

Disponível de forma gratuita na internet, a plataforma Gasto Brasil permite ao usuário consultar, de maneira segmentada por cidade, estado ou na esfera federal, onde e como os recursos públicos estão sendo utilizados. Os dados, extraídos do Tesouro Nacional, mostram despesas com previdência e despesas com pessoal e encargos sociais.

Além do acesso online, as informações também estão visíveis em um painel de LED instalado no centro de São Paulo, que alterna exibições com o Impostômetro — permitindo à população visualizar, de forma direta, a balança entre o que o governo arrecada e o que gasta.

O projeto é uma iniciativa da CACB e da ACSP, criado com o objetivo principal de monitorar e divulgar os gastos primários do governo federal, tornando essas informações acessíveis e compreensíveis para o cidadão comum e para a sociedade civil organizada. Projeto que visa preencher uma lacuna importante na área da Transparência governamental.

Para o presidente da CACB, Alfredo Cotait, o Gasto Brasil representa um avanço na construção de um país mais consciente e participativo:

“Há um desequilíbrio. Se gastássemos apenas o que arrecadamos, não teríamos inflação e a taxa de juros seria 2,33%. Assim como o Impostômetro foi um processo educativo, o Gasto Brasil também será mais um processo educativo para mostrar à sociedade que ela precisa participar e se manifestar. Nós estamos deixando uma conta muito cara para o futuro”, declarou Cotait.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

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Presidente do TCU critica inchaço da máquina pública e cobra reforma estruturais no setor público.


Vladimir Chaves


O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Vital do Rêgo, criticou o que chamou de “crescimento do Congresso” e defendeu a necessidade urgente de uma reforma administrativa no Brasil. Durante evento promovido pela Federação das Indústrias da Paraíba (FiePB) em Campina Grande, nesta sexta-feira (6), ele destacou os altos custos da máquina pública e as renúncias fiscais concedidas a setores da economia.

Vital do Rêgo afirmou que o Brasil deixa de arrecadar cerca de R$ 600 bilhões por ano em renúncias fiscais que beneficiam 17 setores econômicos, sem retorno social ou econômico significativo. Ele enfatizou que, mais do que uma nova reforma tributária, o país precisa de uma reforma administrativa para tornar o Estado mais eficiente e focado em áreas essenciais como saúde, educação e bem-estar.

Além disso, o ministro criticou o que chamou de "crescimento do Congresso", sugerindo que o aumento de estruturas e gastos no Legislativo contribui para a ineficiência do Estado. Ele defendeu que o Estado deve concentrar seus esforços naquilo que a população deseja, evitando desperdícios e promovendo uma gestão pública mais racional.

Essas declarações refletem a preocupação do presidente do TCU com a sustentabilidade fiscal e a necessidade de reformas estruturais para melhorar a eficiência do setor público no Brasil.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

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Mensalão completa 20 anos, criminosos comemoram o império da impunidade.


Vladimir Chaves


Hoje 6 de junho de 2025, o escândalo do Mensalão completa 20 anos desde que veio à tona em junho de 2005, revelando um esquema criminoso de compra de apoio político no Congresso Nacional durante o governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O que foi o Mensalão?

O Mensalão foi um esquema criminoso de pagamento mensal a parlamentares da base aliada em troca de apoio em votações no Congresso. A operação envolveu grandes figuras do Partido dos Trabalhadores (PT) e de outros partidos da base governista. Os recursos para compra de parlamentares eram provenientes, em parte, de contratos públicos desviados e de empréstimos fraudulentos com bancos.

Julgamento histórico

O caso foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal em 2012, no processo conhecido como Ação Penal 470. A época o julgamento foi considerado um marco na luta contra a corrupção no Brasil. Pela primeira vez, políticos de alto escalão e empresários poderosos foram condenados pelo STF.

25 réus foram condenados:

Núcleo político

José Dirceu – ex-ministro da Casa Civil (PT)

José Genoino – ex-presidente do PT

Delúbio Soares – ex-tesoureiro do PT

Valdemar Costa Neto – deputado federal e atual presidente dirigente do PL

Roberto Jefferson – deputado federal e presidente do PTB

Pedro Corrêa – deputado federal e presidente do PP

Pedro Henry – deputado federal (PP)

Bispo Rodrigues – ex-deputado federal

Romeu Queiroz – ex-deputado federal (PTB)

Vinícius Samarane – ex-diretor do Banco Rural

Núcleo publicitário (operacional)

Marcos Valério Fernandes de Souza – publicitário, operador do esquema

Cristiano Paz – sócio de Marcos Valério

Ramon Hollerbach – sócio de Marcos Valério

Simone Vasconcelos – diretora da SMP&B

Geiza Dias – funcionária da SMP&B

Kátia Rabello – presidente do Banco Rural

José Roberto Salgado – vice-presidente do Banco Rural

Vinícius Samarane – diretor do Banco Rural

 Núcleo financeiro e partidos

Henrique Pizzolato – ex-diretor de marketing do Banco do Brasil

Emerson Palmieri – ex-tesoureiro informal do PTB

Enivaldo Quadrado – dono da corretora Bônus-Banval

Breno Fischberg – sócio da Bônus-Banval

José Borba – ex-deputado (PMDB/PR)

João Cláudio Genu – assessor do PP na Câmara

Antonio Lamas

Algumas penas foram significativas, e os condenados chegaram a cumprir parte delas em prisão fechada ou semiaberta

O império da impunidade:

Apesar do impacto inicial do julgamento, no final o “jeitinho brasileiro” prevaleceu e boa parte dos condenados cumpriram penas curtas ou tiveram as penas convertidas para regime domiciliar.

Hoje, no Lula III, muitos retornaram a vida pública, ocupando cargos políticos ou influentes, alguns como José Dirceu em plena campanha para retornar ao Congresso Nacional.

Com uma democracia capenga o Brasil não foi capaz de promover reformas estruturais significativas contra a corrupção no sistema político, o que tem permitido o retorno de muitos as cenas do crimes.

Graças a impunidade, de 2005 para cá o Brasil tem enfrentado escândalos ainda maiores, como a Operação Lava Jato, que de igual forma terminou em “pizza” com as anulações das condenações por parte do STF, impulsionados por essa impunidade a corrupção tomou folego e agora o país assiste a mais um escândalo ROUBO DO DINHEIRO DOS APOSENTADOS, e de igual forma também deve terminar com a vitória da impunidade.

“O julgamento do Mensalão foi um divisor de águas. Mas a impunidade foi mais resistente que a indignação.”

O escândalo completa 20 anos deixando um legado misto: um raro momento de punição para políticos corruptos, seguido por um retorno à normalidade da impunidade sistêmica, reforçando a desconfiança do povo na justiça e na política.

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Falência do Brasil: 54% dos municípios estão no vermelho; déficit chega a R$ 33 bilhões


Vladimir Chaves



De acordo com a Confederação Nacional de Municípios, o cenário em 2023 preocupante, quando 51% dos municípios estavam no vermelho, com um déficit de R$ 17 bilhões

Um novo estudo divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que a situação fiscal das prefeituras atingiu o pior cenário da história. Dados parciais referente ao encerramento de exercício mostram que 54% dos entes estão no vermelho. O déficit chega a R$ 33 bilhões.

De acordo com o levantamento, entre os fatores que contribuíram para esse quadro estão a crescente necessidade de pessoal para a prestação de serviços. Além disso, são apontados como motivos para o déficit as contratações de prestadores de serviços, despesas de custeio e com funcionalismo, locação de mão de obra e investimentos em obras e instalações.

A entidade já considerava o cenário em 2023 preocupante, quando 51% dos municípios estavam no vermelho, com um déficit de R$ 17 bilhões. O novo estudo revela que, agora, a deterioração é mais generalizada, afetando os entes independentemente do porte populacional. Além disso, dos 26 estados, 19 também acumulam déficits primários referentes a 2024.

Crise fiscal dos municípios: volume de despesas

O estudo da CNM também aponta que o volume de despesas tem aumentado frente às receitas. Confira a situação de déficit por porte do município:

Pequeno porte: passou de R$ 0,4 bilhões para R$ 5,8 bilhões,

Médio porte: passou de R$ 2,2 bilhões para R$ 8,4 bilhões,

Grande porte: passou de R$ 12,7 bilhões para R$ 18,5 bilhões

Mesmo que o levantamento revele que a situação atinge todos os portes de municípios, os casos mais graves estão nas localidades populosas, com 65% de déficit; e nos pequenos municípios, com 57% de déficit.

Aumento de despesas primárias

Ainda segundo a CNM, a partir dos dados que constam no Relatório Resumido de Execução Orçamentária de 2024, corrigidos pela inflação, pelo IPCA, a entidade tem chamado atenção para as consequências do aumento de despesas primárias, influenciado pelo custeio da máquina pública, no processo de deterioração das contas públicas.

“O funcionalismo público da União e dos estados cresceu 2,4% e 10,2% maior, entre 2010 e 2022. E a folha de pagamento dos municípios aumentou 31%, para dar conta das políticas públicas; o número de funcionários passou de 5,8 milhões para 7,6 milhões", destacou o presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski.

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Câmara aprova urgência para o PL que tipifica facções criminosas como terrorismo, PT e Psol foram contra


Vladimir Chaves



A Câmara dos Deputados aprovou o requerimento de urgência do Projeto de Lei 1283/2025, de autoria do deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE), que propõe mudanças significativas na Lei Antiterrorismo. Com isso, o projeto segue direto para o plenário e poderá ser votado a qualquer momento.

O texto propõe que facções criminosas e milícias privadas sejam incluídas no escopo da Lei nº 13.260/2016, permitindo que suas ações sejam tratadas como atos de terrorismo. O projeto já conta com apoio expressivo: 333 deputados federais assinaram o requerimento de urgência — um forte indicativo do amplo apoio à proposta, que recebeu adesão de parlamentares de todos os partidos, menos PT e PSOL foram contra.

“É hora de chamar as coisas pelo nome: o que facções criminosas fazem no Brasil é terrorismo. Expulsam o Estado, controlam territórios, impõem regras, tocam o terror na vida de cidadãos de bem e até interferem na política. Quem se recusa a reconhecer isso está sendo cúmplice”, afirmou Danilo Forte.

O que significa a urgência?

A aprovação do requerimento de urgência acelera a tramitação do projeto. O PL 1283/2025 não precisa mais passar pelas comissões da Câmara e vai ser colocado em votação diretamente no plenário a qualquer momento.

Aprovado no plenário, será encaminhado para o Senado.

O que muda com o PL 1283/2025

A proposta do deputado Danilo Forte traz instrumentos mais rigorosos para o Estado combater o avanço das facções. Entre os principais pontos:

• Classificação de facções e milícias como organizações terroristas;

• Penas de 12 a 30 anos de prisão;

• Investigação sob responsabilidade da Polícia Federal e julgamento pela Justiça Federal;

• Punição para atos preparatórios e colaboradores do crime organizado;

• Bloqueio de bens e cooperação internacional para desarticular financeiramente as organizações.

quinta-feira, 5 de junho de 2025

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Explode rejeição a Lula, dois em cada três brasileiros são contra a reeleição do petista.


Vladimir Chaves


Pesquisa do Genial\Quaest, divulgada nesta quinta-feira 5, apontou que dois em cada três brasileiros defendem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deva concorrer à reeleição em 2026. Apenas 32% defendem que o petista deve concorrer novamente.

O percentual dos que defendem que Lula não concorra subiu nas duas últimas edições da pesquisa Quaest. Em dezembro de 2024, eram 52% os que pensavam assim. Em abril, passaram a ser 62%, agora o índice subiu mais quatro pontos percentuais e alcançou 66%.

O levantamento ouviu 2.004 pessoas entre 29 de maio e 1º de junho, com margem de erro de dois pontos percentuais. A rejeição à candidatura de Lula é mais acentuada entre eleitores sem posicionamento político definido (73%) e entre os que se identificam com a direita ou apoiam Jair Bolsonaro (95%).

A pesquisa também indicou que 65% dos brasileiros acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro deveria apoiar outro candidato em 2026, caso esteja inelegível até 2030.

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Pesquisa Genial\Quaest: Desaprovação do governo Lula despenca e chega ao “fundo do poço”.


Vladimir Chaves



De acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada, nesta quarta-feira (4), a desaprovação ao governo Lula despencou de vez, com 57% de população desaprovando, o maior índice desde o início de seu terceiro mandato. A aprovação ficou em 40%, e 3% dos entrevistados não souberam ou não responderam.

A pesquisa também indicou que, pela primeira vez, a desaprovação entre católicos superou a aprovação: 53% contra 49%.

Entre os principais fatores que contribuíram para a queda na aprovação estão:

Roubo dos aposentados do INSS: Escândalos de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social impactaram negativamente a imagem do governo.

Aumento do IOF: A decisão de manter alta a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras para compra de dólares foi criticada por 50% dos entrevistados .

Percepção de promessas não cumpridas: O não cumprimento das promessas de campanha também afetou a confiança do povo brasileiro.

Avaliação do governo

Avaliação negativa: 43% consideram o governo ruim ou péssimo, um aumento de 2 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior.

Avaliação positiva: Apenas 26% avaliam o governo como ótimo ou bom.

Avaliação regular: 28% consideram o governo regular.

Percepções da população

Direção do país: 61% dos entrevistados acreditam que o Brasil está na direção errada, um aumento em relação aos 56% registrados em março.

Comparação com governos anteriores: 45% afirmam que o governo Lula está pior do que o esperado.

Responsabilidade por escândalos: 31% dos entrevistados atribuem ao governo Lula a principal responsabilidade pelos desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e 50% apoiam a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso.

Imposto sobre Operações Financeiras (IOF): 50% dos brasileiros acreditam que o governo errou ao manter a alta do IOF nas compras internacionais.

Pesquisa realizada entre 29 de maio a 1º de junho de 2025

Número de entrevistados: 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, em todo o Brasil

Margem de erro: ±2 pontos percentuais

Nível de confiança: 95%

A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.

quarta-feira, 4 de junho de 2025

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Coincidência? Ministro de Lula reuniu-se com o principal suspeito da quadrilha que roubava aposentados do INSS


Vladimir Chaves


O atual ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), reuniu-se com Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", em 12 de janeiro de 2023, no início do governo Lula. Na época, Wolney ainda era deputado federal e havia sido convidado para assumir a Secretaria-Executiva do Ministério da Previdência Social, cargo que assumiria oficialmente em fevereiro daquele ano.

Além de Antunes, participaram da reunião os então diretores do INSS André Fidelis (Benefícios) e Alexandre Guimarães (Governança), bem como o procurador-geral do órgão, Virgílio Oliveira Filho, que foi afastado do cargo em abril de 2025 por decisão judicial. Estranhamente o encontro não consta nas agendas oficiais dos participantes.

Antônio Carlos Camilo Antunes é apontado pela Polícia Federal como o principal operador do um esquema bilionário que roubava milhões de aposentados. A quadrilha fazia  descontos indevidos em benefícios previdenciários e teria roubado bilhões, a justiça ainda não conseguiu calcular o valor exato roubado.

Em nota, Wolney Queiroz afirmou que a reunião foi organizada e conduzida por Virgílio Oliveira Filho, com o intuito de apresentar ao futuro secretário-executivo um panorama técnico da pasta no âmbito do processo de transição. Ele também declarou que o grupo foi montado por Virgílio "sem anuência prévia" sobre os participantes.

Em audiência no Senado em 15 de maio de 2025, Wolney foi questionado sobre suas relações com o lobista e outros empresários investigados. Em resposta, afirmou: "Olha, eu posso ter, eventualmente, me encontrado com alguns deles, não me lembro de tê-los recebido, mas eventualmente posso ter recebido. O nosso ministério recebe dezenas de pessoas, e eu não tenho nenhuma lembrança de conhecê-los, nem tenho nenhuma relação com eles".

A investigação da Polícia Federal continua em andamento, e diversos ex-dirigentes do INSS que participaram da reunião estão sendo investigados por suspeita de envolvimento no esquema de fraudes.

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