Alarmantes os dados trazidos
a público pelo IBGE, segundo o órgão, em 12 estados brasileiros, o número de
pessoas que recebem o Bolsa Família supera o de trabalhadores com carteira
assinada. Esse fenômeno reflete uma combinação de fatores econômicos, sociais e
estruturais que afetam principalmente as regiões menos desenvolvidas como, Norte
e Nordeste do país.
Estados com mais
beneficiários do que trabalhadores formais
Segundo dados do IBGE de
abril de 2022, os estados onde o número de beneficiários do Bolsa Família
superava o de trabalhadores com carteira assinada eram: Maranhão, Pará, Piauí, Alagoas,
Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Tocantins.
Esse cenário é resultado de
uma combinação de fatores, incluindo altos índices de informalidade no mercado
de trabalho, baixos níveis de escolaridade, falta de infraestrutura e
desigualdades regionais. Em estados como Maranhão, Pará e Piauí, mais de 60% dos
trabalhadores estão na informalidade, o que limita o acesso a empregos formais
e contribui para a dependência de programas assistenciais.
Impactos sociais e
econômicos
A alta dependência do Bolsa
Família em relação ao trabalho formal tem implicações significativas para o
desenvolvimento social e econômico dessas regiões. Embora o programa desempenhe
um papel crucial na redução da pobreza e na melhoria das condições de vida de
milhões de brasileiros, ele também evidencia a necessidade urgente de políticas
públicas que promovam a inclusão produtiva, a qualificação profissional e a
geração de empregos formais.