Um levantamento feito pelo
Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) revela que, de todas as
unidades da federação brasileiras, São Paulo apresenta o melhor desempenho em
relação à inovação. Entre 2014 e 2024, o estado paulista passou de um índice de
0,877 para 0,891 pontos, em um cenário onde a escala tem um valor máximo de 1
ponto.
De acordo com o estudo, a
região Sul do Brasil apresentou uma evolução significativa, influenciada,
sobretudo, pelos resultados do Paraná e de Santa Catarina. No período
analisado, o estado paranaense subiu da 6ª para a 3ª posição no ranking.
No primeiro ano avaliado,
a unidade da federação performava com 0,358 pontos e agora conta com uma
pontuação de 0,406. Santa Catarina está ainda melhor, já que atualmente ocupa a
segunda posição, com 0,415 pontos, desbancando o Rio de Janeiro.
Entre os elementos que
podem destacar uma cidade com inovação, está a criação de espaços de inovação,
viabilizando uma plataforma de incentivo aos programas de inovação. Isso vai
desde benefícios fiscais previstos em legislação, mas também criando um
ambiente, fóruns, espaços de diálogos e chamamento público para que empresas,
inclusive da iniciativa privada, possam contribuir no fomento das inovações.
Nordeste governado
majoritariamente pela esquerda:
O levantamento mostra,
ainda, que nenhum estado do Nordeste configura entre os dez primeiros do
ranking. Maranhão, por exemplo, mais uma vez amarga às últimas colocações. Em
2024, o estado era o 25° colocado, com 0,123 pontos. Desta vez, em meio à
gestão de Flavio Dino (PCdoB) e de seu sucessor, o atual governador Carlos
Brandão (PSB), o estado está na penúltima posição, com 0,125 pontos.
Na avaliação do economista chefe do INPI, Rodrigo Ventura, esse cenário em relação ao Nordeste se dá, entre outros fatores, pelo resultado das dimensões que compõe o chamado macroambiente - que tornam o estado mais ou menos propício à atividade inovativa.
“Os estados do Nordeste,
em termos relativos, comparativos a outros estados, não vão muito bem em
dimensões como ambiente institucional, ambiente regulatório, infraestrutura
geral, notadamente tecnologias ou acesso a tecnologias da informação e
comunicação; e também não vão bem em termos de qualificação da força de
trabalho”, considera.
Em 2014, o pior desempenho
foi obtido pelo estado de Alagoas, que ocupou a última posição do ranking, com
0,121 pontos. No ano passado, a unidade da federação conseguiu subir seis
colocações, fechando 2024 em 21°, com 0,143 pontos. No balanço mais recente, a
última posição foi ocupada pelo Acre, que caiu quatro posições, com 0,111
pontos.
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