Conservadores vencem eleição na Alemanha, direita massacra a esquerda nas urnas.


Vladimir Chaves


O partido de centro-direita União Democrata-Cristã (CDU) deve vencer as eleições parlamentares da Alemanha ocorridas neste domingo (23), com 30% dos votos, segundo projeções da boca de urna.

As pesquisas também confirmam o avanço da legenda de direita radical Alternativa para Alemanha (AfD) que deve se tornar a segunda maior força política no país, com um recorde de 20% dos votos, de acordo com a boca de urna.

O líder da CDU, Friedrich Merz terá a missão de formar um novo governo alemão.

"Agora vamos conversar juntos e é importante formar um governo o mais rápido possível... O mundo lá fora não está esperando por nós", disse o líder dos democratas cristãos.

Já o Partido Social-Democrata, do atual Chanceler esquerdista Olaf Scholz, aparece na terceira posição, com 16%.

Votação histórica da AfD

As pesquisas boca de urna mostram que a AfD será a segunda força na política do país — conquistando uma votação histórica para o Parlamento alemão.

O copresidente do partido, Tino Chrupalla, diz que está "muito orgulhoso do partido", após as pesquisas de boca de urna deste domingo (23/2).

"Estávamos unidos, nossa campanha foi direcionada e fomos disciplinados", disse ele, ao lado da copresidente Alice Weidel.

"Podemos realmente provocar uma mudança histórica", afirmou, acrescentando que o partido "está sempre abertos a negociações".

A AfD propõe medidas como a saída da União Europeia, a volta do marco alemão no lugar do euro como moeda nacional, o reestabelecimento de relações com a Rússia, a desativação de usinas eólicas e uma política de "remigração" — com deportação de cidadãos alemães baseado nas suas etnias.

Ao longo da última década, a AfD tem sido um dos partidos que mais cresceu junto ao eleitorado alemão.

Novo governo

Nas eleições desde domingo, estavam sendo disputados 630 assentos no Parlamento alemão.

As eleições para o chamado Bundestag normalmente ocorrem a cada quatro anos. A próxima estava prevista para 28 de setembro de 2025, mas foi antecipada devido ao colapso do governo Scholz.

A coalizão governante será formada pelos partidos que conseguirem juntos mais de 50% dos assentos.

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