Mais de 5 mil brasileiros
foram vítimas de um esquema fraudulento de investimento em petróleo online,
resultando em prejuízos de mais de R$ 10 milhões. Na ocasião, era utilizada uma
plataforma on-line, com a estrutura da OPEC (Organização dos Países Exportadores
de Petróleo, traduzindo a sigla em inglês), empresa de fundos de petróleo
israelense, para vender supostos investimentos no país.
A plataforma criminosa
prometia rendimentos altos: com R$ 200 investidos, o retorno seria em 7 dias,
com R$ 10 pagos por dia. E as promessas cresciam ainda mais: com R$ 80 mil
investidos, o rendimento seria diário, com um período de 360 dias, no valor de
R$ 1120. Para fazer com que as vítimas não suspeitassem do golpe, a plataforma
disponibilizava saques eventuais.
A fraude acabou por ser
descoberta pelos investidores no último sábado (25), quando a plataforma saiu
do ar e as vítimas não conseguiram contato direto com os responsáveis. A
suspeita é de que isso tenha acontecido após os golpistas conseguirem um caixa
de, no mínimo, R$ 10 milhões.
De acordo com Rândalos
Madeira, advogado criminalista responsável por defender vítimas do golpe, a
ocasião se assemelha aos jogos de aposta, também conhecidos por 'bets', tendo
vários grupos espalhados pelo país. Para se ter uma ideia da dimensão do
problema, havia pelo menos 10 grupos em Minas Gerais, 7 grupos em Goiânia, 3
grupos em Pernambuco e 7 grupos em São Paulo. "É possível que essas
vítimas tenham direito a reparações, ainda mais por terem sido prejudicadas
financeiramente ou moralmente", explica. “A quadrilha era tão astuta que
uma das empresas fraudulentas está a pouco menos de três quilômetros do DEIC,
uma das delegacias especializadas do estado de São Paulo, considerada a melhor
a nível Brasil”, ressalta.
Como se proteger de golpes
financeiros?
Os especialistas orientam que é essencial desconfiar de promessas de retornos altos e rápidos, especialmente aquelas que parecem boas demais para ser verdade.
Antes de investir, é
importante pesquisar a legitimidade da empresa, verificando se ela está
registrada em órgãos reguladores como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
e analise o histórico em sites como o Reclame Aqui. “Evite compartilhar dados
pessoais em plataformas desconhecidas e desconfie de convites feitos por grupos
fechados ou redes sociais que pressionam para uma adesão rápida”, complementa o
advogado Rândalos Madeira.
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