Milei revela compra da CNN por Musk e fala em nova era na mídia global


Vladimir Chaves



Em um discurso que rapidamente ganhou eco nas redes sociais e em jornais argentinos, o presidente da Argentina, Javier Milei, celebrou a vitória de Donald Trump nas eleições americanas, considerando o resultado um marco histórico para os “defensores da liberdade”. De acordo com Milei, o que aconteceu nos Estados Unidos é mais uma prova de que “a liberdade e a razão” podem prevalecer sobre “a loucura coletivista”, uma referência ao que ele classifica como o avanço de ideologias que ele critica duramente.

“O melhor de tudo é que as trombetas da liberdade não estão mais soando apenas na Argentina; elas estão começando a ressoar em todo o mundo,” declarou o presidente, visivelmente emocionado. Para ele, a reeleição de Trump é um indicativo de que os valores que prega em seu governo estão ganhando força global. “Imagine o que podemos conquistar juntos se o país mais poderoso do mundo compartilhar dos nossos ideais. As possibilidades são infinitas,” completou.

Milei também surpreendeu ao afirmar que Elon Musk adquiriu a CNN, referindo-se ao canal de notícias como um “bastião woke” que, segundo ele, agora estaria alinhado com uma postura mais “transparente”, (ainda não houve manifestações públicas de Elon Musk confirmando a compra da CNN). Ele comentou que, sob nova administração, a CNN e outras redes de mídia poderiam “informar sem mentir”. No entanto, essa declaração gerou uma onda de reações, uma vez que a compra da CNN por Musk não foi confirmada oficialmente.

A fala de Milei rapidamente foi compartilhada por influentes veículos de comunicação na Argentina, incluindo o Clarín, que destacou ainda o fortalecimento das relações entre Argentina e Estados Unidos. Segundo o jornal, o presidente argentino teria planos de uma visita oficial a Trump na próxima semana, reforçando sua intenção de se tornar um aliado estratégico do país norte-americano. Essa aproximação ocorre em meio a um claro distanciamento com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, cujas ideias divergem profundamente das defendidas por Milei e Trump.

Milei, que construiu sua campanha presidencial com um discurso liberal conservador e antissistema, vem estabelecendo alianças com líderes globais que compartilham de suas críticas à “cultura woke” e ao que ele chama de “projeto coletivista”. Agora, com Trump de volta à Casa Branca, o presidente argentino parece querer expandir seu protagonismo internacional, na tentativa de fazer de seu governo um modelo de conservadorismo moderno na América Latina.

A fala de Milei causou um rebuliço nas redes sociais, com comentários de apoio e críticas fervorosas de ambos os lados. Para seus seguidores, a nova era de Trump e Milei representa uma luta global pela “liberdade individual” contra o que chamam de “doutrinação” da esquerda. No entanto, críticos apontam que as afirmações sobre a CNN e outras redes de TV parecem ser uma tentativa de criar um “inimigo comum” que, na prática, alimenta divisões.

O impacto real dessa proximidade entre os dois presidentes ainda está por ser visto, mas é evidente que Milei está determinado a ampliar o alcance de suas ideias, fortalecendo-se com alianças externas. Com a promessa de “ressonar as trombetas da liberdade”, Milei agora observa o mundo com novos horizontes e, ao que tudo indica, com planos ambiciosos de redefinir o papel da Argentina na política mundial.

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